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06 FEV 2018
Rio Tejo - Amostras da Celtejo finalmente recolhidas e a poluição começa a abrandar
Por Jornal Abarca

O ditado é antigo e diz que “para grandes males, grandes remédios”: Devido à dificuldade em recolher amostras da Celtejo, a Inspecção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT) decidiu colocar três inspectores durante 24 horas a fazer as recolhas manuais hora a hora aos efluentes da Celtejo.

Nuno Banza, inspector-geral da IGAMAOT declarou que “a recolha de amostras na indústria Celtejo teve por duas vezes problemas ao nível do colector automático que não recolheu o líquido por razões que desconhecemos. Na terceira tentativa, pedimos o apoio da GNR, do Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente e esse colector foi guardado. Durante 24 horas o colector funcionou, no entanto, apenas recolheu no final alguma espuma e muito pouco líquido", declarou.

Confessando que “não estava à espera que isto acontecesse”, Nuno Banza disse que este atraso fará com que os resultados desta empresa de celulose  sejam revelados apenas na próxima semana.

Recorde-se que a Celtejo é responsável por mais de 70% da contribuição para o caudal, e que nas águas do Tejo foram recentemente detectados níveis de celulose cinco mil vezes acima do normal o que levou o governo a determinar a redução da descarga de efluentes desta empresa para 50% do volume habitual, a 26 de janeiro. Ontem, 5 de Fevereiro, o Ministério do Ambiente reforçou esta ideia prolongando o “castigo” à Celtejo por mais 30 dias.

Duarte Marques, deputado do PSD natural de Mação, assinala hoje em artigo de opinião no Expresso que o rio já vai mais limpo “porque uma empresa passou a estar mais fiscalizada, porque foi impedida de descarregar tanto e sobretudo porque a presença das autoridades no local, Vila Velha de Rodão, a impediu de fazer o habitual, abusar”.

Arlindo Consolado Marques, activista do ProTEJO processado pela Celtejo por difamação, apresenta na sua página imagens do açude de Abrantes com “águas mais claras” que anteriormente o que será a “prova de que a poluição não vem de Espanha”, numa alusão à argumentação da Celtejo. O ambientalista lamenta que “durante três anos ninguém nos ouviu” e espera que os responsáveis pela poluição venham a responder em tribunal.

É com bastante expectativa que todos os intervenientes aguardam os resultados efectuados à Celtejo que permitirá tirar conclusões mais efectivas sobre a poluição no rio Tejo.

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