No próximo dia 19 de agosto vai celebrar-se o Dia Mundial da Fotografia, uma comemoração que é um excelente pretexto para nos aproximarmos do tema e também da memória tão esquecida de Carlos Augusto de Mascarenhas Relvas, o fotógrafo romântico português que na segunda metade do século XIX desenvolveu um notável trabalho de estética fotográfica e de investigação na “arte que roubava a alma às pessoas”. E quis também Carlos Relvas deixar um elegante palacete vitoriano na Golegã, a casa-estúdio que com o seu nome colocou a vila no mapa-múndi da fotografia e, com outra visão, podia tornar-se num segundo de atração no âmbito do turismo cultural da vila. (...)

 

É claro que Carlos Relvas beneficiava da vantagem ímpar de ter nascido já aristocrata, filho de lavradores abastados que se devotavam às fartas courelas nas várzeas da Golegã, onde empregavam centenas de assalariados agrícolas. (...)