Professor, consultor cultural e desportista nas horas vagas, António Matias Coelho, 61 anos, fala-nos do futuro da Casa Memória Luís de Camões, da nova ponte sobre o Tejo, do estado da cultura e da política em Portugal.

 

Foi dada como certa a sua saída da presidência da Casa Memória, mas acabou por voltar atrás. Porquê?
Não tinha nenhuma intenção de presidir à Casa. Não tinha, nem tenho, digo isto repetidamente. Fi-lo para evitar a dissolução e por respeito à sua fundadora: Manuela Azevedo. Em Dezembro de 2017, informei que não queria continuar e andei todo o ano de 2018 a tentar convencer uma pessoa a candidatar-se, acho que tem o perfil certo, mas recusou. E na última Assembleia Geral aconteceu o que eu temia: não havia lista nenhuma. (...)

 

Foi recentemente divulgado que a nova ponte sobre o Tejo será na zona de Abrantes, possivelmente perto do Tramagal. Concorda?
Choca-me profundamente como ribatejano não se acabar a A13 e a construção da nova ponte na Chamusca, que termine com o calvário que é aquela travessia, um funil que pôs a Chamusca fora do mundo porque não tem acessibilidades. É indispensável terminar a ligação da A13, que agora está interrompida em Almeirim e na Atalaia, e fazer esta ligação para pôr o Ribatejo no mapa. Se há obra que faz falta para o desenvolvimento harmonioso do país é a conclusão da A13. (...)

 

Apesar da sua forte participação cívica, nunca se envolveu na política. Não tem ambições políticas?
Nenhuma! Já recebi convites para encabeçar listas a câmaras municipais no distrito de Santarém. Houve um momento em que pedi para pensar mas recusei. E recusei para sempre. Essa questão está resolvida. (...)

 

Poderá ler o resto da entrevista na edição em papel do Jornal Abarca, disponível nos postos de venda habituais.