Agna e Daniel tinham toda a sua vida nos arredores da capital, mas decidiram mudar de vida. Trocaram os mistérios da serra de Sintra por uma petiscaria no Tramagal. Mudaram de vida e não se arrependem dos benefícios do interior.

 

Habituado às curvas da serra de Sintra, Daniel mostrava-se resistente às investidas da companheira, Agna, de mudarem de rumo e fazerem vida para lá das curvas do Tramagal. Daniel Cardoso, 48 anos, era taxista em Sintra há mais de uma década quando decidiu aceder à vontade de Agna mas a muito custo. “Gostava do trabalho lá, conduzia um táxi descaracterizado destinado para turismo”, fazendo referência aos muitos visitantes que invadem anualmente Sintra. Daniel estava, no fundo, habituado a uma vida rotineira com a qual se identificava. Mas foi essa rotina que cansou Agna Pereira, 35 anos, natural de Sintra. Foi cozinheira durante dois anos no restaurante “Matateu”, no Estádio do Restelo, em Lisboa. Agna estava determinada a abandonar a vida na cidade em busca da paz de espírito na aldeia.  (...)

 

O Tramagal é uma terra em que, por norma, se come muito bem. Isso não fez Agna baixar os braços quando chegou à terra, em 2015. Procurou um projecto que permitisse “trazer o Daniel para cá e fazermos algo em comum”. Com a experiência que tinha como cozinheira, naturalmente os pensamentos fugiram-lhe para onde as mãos melhor trabalham: a cozinha. Foi assim que surgiu a ideia de uma petiscaria, um conceito inexistente no Tramagal. (...)

 

A ideia é, portanto, continuarem a apostar nos petiscos como elemento diferenciador e acreditam que este é um projecto ganhador. Dificilmente voltarão à azáfama da cidade, onde tudo passa depressa demais para quem quer alcançar a paz de espírito como o património mais valioso.  (...)

 

Poderá ler o resto da reportagem na edição em papel do Jornal Abarca, disponível nos postos de venda habituais.