O celibato religioso é um tema que divide opiniões. Borges Simão, António Ribeiro e Carlos Ramos Dias são antigos padres que falam sobre o tema. D. José Traquina não acredita que a revisão deste tema aconteça nos próximos tempos. Amar Deus e uma mulher é pecado?

 

Um dia, ainda padre, no Seminário de Santarém, “levanteime e perguntei-lhe: Queres casar comigo?”. A pergunta assustou Dina que esteve dois meses sem falar com Borges Simão. (...) Finalmente no início de 1968 recebe a dispensa pelo Papa Paulo VI e, logo em Fevereiro, casa pela Igreja. “Desconfio que fui o primeiro padre português a ter dispensa”, confidencia. (...)

 

A decisão de abandonar uma vida que tinha há vinte anos foi muito ponderada por António Ribeiro. “Estive um ano num mosteiro em período de reflexão” até que quando regressou informou o Bispo que não contasse mais com ele. (...) “Vivo com a Sónia desde 2016” e em Janeiro de 2017 foi pai de um menino, Rodrigo. (...)

 

[Carlos Ramos Dias] Deixa o futuro em aberto e admite o matrimónio: “Se deixei de ser padre casar-me será a coisa mais natural e não posso ser criticado por isso”. Para Carlos “faz todo o sentido” a Igreja rever esta posição e deixa uma questão: “Um cristão casado é um mau cristão?”. 

 

D. José Traquina, Bispo de Santarém, acredita que comprometer-se só com Deus “é um sinal de vida, uma capacidade de existir à luz da fé”. (...)

 

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