Maria Hermínia Lopes Correia nasceu a 01 de Julho de 1933 e é conhecida como “Bruxa do Pego”. Não se considera “bruxa” mas o oculto e o mistério alimentam a fama e trazem-lhe clientes de todo o país. Há mesmo quem garanta que não se quer aproximar da octogenária.

Apercebeu-se de que carregava esta força muito cedo. “Comecei a ter visões com três anos e meio”, relatando um episódio que a marcou para sempre: “Íamos a uma cova onde havia água a correr e eu dizia que via um homem que mais ninguém via, mas ele aparecia-me”, garante. Foi então que aos 16 anos, já mãe, começou a fazer consultas. (...)

A fama de bruxa já lhe precede na família: “Também chamavam bruxa à minha avó paterna e ela só benzia os animais”. Admite que a sua antepassada sofria com isso, mas garante que “não ligo a isso”. Apenas diz que não gosta do rótulo até porque só quer fazer o bem: “Deve ajudar-se sempre as pessoas, só não ajudo quem não consigo”, garante. (...)

Certo dia, na Igreja, o Padre Zé Oliveira recusou dar a hóstia a Maria Hermínia o que a indignou: “Tomo Nosso Senhor em Fátima e não tomo aqui?”, queixa-se. (...) E ditou a frase que haveria de imortalizar a história da praga ao Padre: “Você não me deu a hóstia, mas há-de ter a paga”, sentenciou. A verdade é que “pouco tempo depois ele espetouse ali e foi pela ribanceira abaixo”, conta bem-disposta. “Mas não lhe roguei praga nenhuma”, garantindo que tudo não passou de uma coincidência. (...)

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