Como se sente por ser a primeira mulher com este cargo?
É perfeitamente natural. Nunca pensei nisso como uma questão de género. Já estava na Comissão Central há várias festas e também era a única mulher. E na minha equipa continuo a ser a única mulher e não é por discriminação. [risos] (...)

 

Qual o momento mais especial que já viveu na Festa?

O Cortejo na Expo’98 a convite do Presidente da República, Jorge Sampaio, foi muito especial. Mas há vários momentos, há uns anos fizemos um seminário do Espírito Santo e ver o auditório da Biblioteca Municipal cheio, porque as pessoas queriam reflectir sobre o culto do Espírito Santo, sobre o porquê do nosso tabuleiro existir, sem perder o sentido de que o tabuleiro é uma oferenda!, foi fantástico… (...)

 

As Festas populares dependem sempre da acção da população. O associativismo tem caído ao longo do tempo em Portugal. Esta Festa, até pela sua dimensão, tem futuro? As gerações mais novas mostram interesse? 

Está garantido, não tenho dúvidas! Não só pelo número de meninos que levamos no Cortejo dos Rapazes, até pelas pessoas… a Festa dos Tabuleiros tem a particularidade de ser uma festa religiosa em que a Igreja tem um papel importante, mas depois não assume o protagonismo, porque tem que ver com a religiosidade popular, foi assim que o culto do Espírito Santo foi criado. E essa particularidade está de tal maneira enraizada na população que a maneira que as pessoas se doam para trabalhar é fantástica! Isso só nos mostra que a Festa está viva e o espírito da Festa está vivo! O povo quer essa continuidade! (...)

 

Poderá ler o resto da reportagem na edição em papel do Jornal Abarca, disponível nos postos de venda habituais.