Luís Fernandes tem 20 anos, nasceu no Crucifixo, aldeia da freguesia do Tramagal, e editou este ano o seu primeiro livro de poesia: “Dossier Poético”. Além disso já participou em cinco colectâneas, a última das quais é uma homenagem a António Botto. Está a preparar a próxima obra e tem o sonho de colocar a aldeia que o viu nascer no mapa.

Em 2014, com 15 anos, enquanto estudante da Escola Secundária Manuel Fernandes ganhou “um concurso da Consejería de Educación de la Embajada de España en Portugal sobre a cidade de Madrid” destacando o facto de ter sido eleito entre 360 participantes. A obra não era sobre poesia, “era um texto expositivo” e o prémio foi… uma camisola do Real Madrid! Luís ri mas prefere valorizar o facto de que “a escola teve destaque, ficaram todos muito felizes e eu também”, recorda. (...)

O jovem nasceu no Crucifixo e viveu durante seis meses em Tomar e, por igual período, em Abrantes. Ainda assim assume que se sente em casa no Crucifixo, no Tramagal e em Abrantes e tem um objectivo ambicioso: “Gostaria de colocar as minhas terras no mapa cultural” através da sua poesia. Aliás, no primeiro contacto que estabelecemos, fez questão de nos receber no Crucifixo, junto à Igreja da aldeia. (...)

Revela uma admiração ímpar por António Botto, poeta do século XX nascido na Concavada, concelho de Abrantes. “Um poeta genial mas um pouco esquecido”, lamenta. (...) Sobre a participação em colectâneas considera que são muito importantes porque “guardam verdadeiras relíquias” e funcionam como “um marco histórico” pois este é o modo que muitos poetas têm de “eternizar o seu trabalho” a que um dia podemos vir “a dar muito valor”.  

Poderá ler o resto da reportagem na edição em papel do Jornal Abarca, disponível nos postos de venda habituais.