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05 OCT 2019
Alcanena: Enfermeira Sara Torcato Parreira vence prémio europeu de oncologia
Por Jornal Abarca

Sara Torcato Parreira, 33 anos, enfermeira natural de Alcanena, foi distinguida no congresso anual da Sociedade Europeia de Enfermagem Oncológica (EONS), integrado na reunião internacional da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO), pela sua participação no projecto RECaN (Recognising European Cancer Nursing).

Sara confessa que “foi emocionante receber este prémio fruto do trabalho que tenho desenvolvido na área da enfermagem oncológica”. Lembra que o reconhecimento pelo trabalho efectuado permite “perceber que ser-se resiliente e trabalhar pelos nossos objectivos” traz “mais sentido a tudo o que faço”. O prémio “Reconhecimento Europeu de Enfermagem Oncológica” é entregue anualmente a pessoas que tenham desenvolvido trabalho nesta área.

RECaN, o projecto em que Sara trabalhou e lhe valeu a distinção, é um projecto europeu para o reconhecimento da enfermagem como área de especialização profissional. Há dois anos, Sara foi nomeada – entre 32 candidatos – a representante europeia dos jovens enfermeiros oncologistas na EONS e, explica, nesse período “procurei criar oportunidades para o desenvolvimento e suporte destes jovens enfermeiros, através da educação e da formação de grupos de trabalho em diversos países europeus”. Para a alcanenense é fulcral “assegurar o futuro da enfermagem na área da oncologia que se revela cada vez mais desafiante”, acredita.

A enfermeira salienta que “mais do que meu, este prémio é da enfermagem oncológica e de todos os meus fantásticos colegas que me apoiam e que tão bem cuidam “dos meus” e de tantos outros” doentes.
 

Um trabalho gratificante
Em declarações ao abarca Sara esclarece o que significa para si trabalhar na área da oncologia: “o meu trabalho é extremamente gratificante”. Confessa que “é muito desafiante trabalhar numa área que, felizmente, está numa evolução constante para bem das pessoas com esta doença”, sublinha. Por isso “o trabalho do enfermeiro é fundamental” e, acredita, “exige que seja cada vez mais especializado” para acompanhar toda “esta evolução”.

Questionada sobre o controlo das emoções, a jovem confessa que “é complicado não deixar o lado pessoal ser afectado, principalmente por ter sobreviventes de cancro na minha esfera pessoal”. A experiência acumulada faz com que “aprenda a gerir as preocupações com os doentes e isso é muito importante para conseguirmos manter o nosso equilíbrio e um bom desempenho profissional”.  Sara acaba por sentir retorno da sua dedicação: “O reconhecimento por parte das pessoas de quem cuido é fantástico”, confessa.

Sara começou o seu percurso profissional na área pediátrica mas “o que me move é a área da oncologia”, onde se iniciou há oito anos, no Hospital Fernando Fonseca, conhecido como Amadora-Sintra. Foi aí que se tornou enfermeira especialista e se dedicou a projectos diferenciadores. Desde 2017 trabalha na CUF Instituto de Oncologia, “onde abracei um projecto inovador na área dos cuidados de enfermagem” e é enfermeira coordenadora de cuidados de oncologia na CUF Infante Santo. Sara diz que “isso traduz-se como sendo a enfermeira de referência da pessoa com cancro, desde o momento do diagnóstico até à fase de vigilância ou fim de vida”, explica. A enfermeira assume, também, “a coordenação nacional da formação de enfermagem na área oncológica e co-coordenadora do grupo de jovens de enfermeiros oncologistas na Associação de Enfermagem Oncológica Portuguesa” tornando o seu “trabalho desafiante, mas muito motivador”. Apesar de terminar o mandato na EONS, Sara vai continuar a ligação à associação europeia.

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