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30 OCT 2019
Veiga Maltez: "O Cavalo Lusitano tem muito da maneira de ser do português"
Por Jornal Abarca

A Golegã recebe este mês mais uma edição da Feira Nacional do Cavalo, Feira de São Martinho e Feira Internacional do Cavalo Lusitano. O autarca da Golegã fala-nos do Cavalo Lusitano, um símbolo de identidade nacional e como essa singularidade é essencial para o modo de vida da própria vila.

O que distingue o cavalo lusitano?
Quando falamos do Cavalo Lusitano, hoje, internacionalmente conhecido como Puro Sangue Lusitano, falamos de um Cavalo Peninsular, com a mesma origem do Cavalo Andaluz. Quando eu era jovem falava-se em Cavalo Peninsular, só que o Lusitano veiose afirmando pela sua selecção, assente em determinados critérios e definições que lhe ditaram a sua superioridade. (...)

É aí que entra a família Veiga…
O meu bisavô, Manuel Tavares Veiga, criou um Cavalo com características muito específicas, hoje conhecido pelo cavalo Veiga. Em primeiro lugar, porque escolheu para a sua Eguada animais que lhe pareciam ser os melhores para os seus objectivos. É interessante que fez um cavalo muito parecido com a sua maneira de ser e com o seu temperamento. A “maneira de estar” do cavalo é fruto de quem o educa. O que o meu bisavô fez foi imprimir nos cavalos que criou um determinado número de aptidões, sobretudo para o toureio, que era o grande teste para os cavalos que criava do meu bisavô. Um dos cavaleiros que fazia esses “testes” e que comprovava a sua agilidade foi o saudoso e ilustre Mestre João Núncio. Mas sobretudo aquilo que fez durante muito tempo foi algo que não se fazia. Para já não entrou em modismos passageiros, não importando cavalos como os outros. Depois fez algo, que melhorou muito o apuramento da raça, o inbreeding, “misturas” entre “família”. Foi uma forma de apuramento, que lhe exigiu grande cuidado e sensibilidade, já que “alargava” linhagens próprias para não fechar o “círculo”, prevenindo o indesejável. Foi um dos seus meios para apurar e seleccionar o seu cavalo, ditandolhe “formas” e “carácter” muito específicos. Portanto, o Cavalo Puro Sangue Lusitano que conhecemos hoje é fruto de um trabalho de imensas gerações. (...)

Essa força para manter a identidade da Golegã nota-se também na própria vila…
Não tenha dúvida nenhuma. Quando entrei achei que deveria fazer essa afirmação. As construções da vila são feitas com materiais nossos. Acabei com os telhados pretos, aqui não há mármore. As casas são brancas, como as dos nossos avós, com uma barra azulão, sangue de boi ou ocre, telha de cerâmica, e não ultrapassam uma certa altura. Por isso é que quando entra na Golegã tem a sensação de estar numa terra diferente, que não está descaracterizada, e nós primamos por isso, por dignificar a ruralidade. (...)

Poderá ler o resto da reportagem na edição em papel do Jornal Abarca, disponível nos postos de venda habituais.

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