Visto cá de baixo, da Praia do Alamal, passa discreto e quase despercebido, um simples coroar lá no coruto de um monte cravado de rochedos de granito, este sim colossal e a impressionar quem o mira do fundo do vale por onde corre o Tejo, que tem muito, quase tudo, a ver com a sua existência.
A aparência ilude. Tudo no Castelo de Belver tem um significado superlativo, está ali, embora não o pareça, uma parte relevante da História de Portugal, sobretudo no que diz respeito à sua fundação, à consolidação nacional e ao povoamento da região, então conhecida por Terras de Guidintesta, que incluía uma área onde atualmente se situam locais como Mação, Amieira, Tolosa, Sertã, Oleiros e Proença-a-Nova. Se quisermos falar a sério do Castelo de Belver, ali sobranceiro ao grande rio ibérico, não o podemos fazer pelo menos. Lá do alto, em atalaia, é imensa a área que se avista. (...)
É a presença dos cavaleiros na Terra Santa que está na origem do que se pode considerar uma singularidade no interior das muralhas do Castelo de Belver – a Ermida de São Brás, com as suas feições da renascença e maneiristas, e a história das suas santas e sagradas relíquias. Belver era dos Hospitalários, a ordem tinha sido criada em Jerusalém e, para fortalecer a ligação entre ambos os locais, quiseram os freires trazer para a fortaleza tagana algumas valiosas relíquias da Terra Santa, no fundo eram extensões do âmago mais profundo da história do cristianismo mais primitivo. E chegaram essas relíquias a Belver. (...)
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