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02 JUL 2020
REPORTAGEM - A Universidade e o velho espírito de Coimbra
Por Jornal Abarca

Está entre as primeiras que ainda na centúria de 1200 alinharam entre as instituições de maior conhecimento e cultura da Europa. Teve um contributo decisivo para a criação e desenvolvimento do saber exato e das tecnologias que lançaram os portugueses como senhores dos mares e do muito comércio que atravessou oceanos. Produziu e difundiu ideias e criou um espírito próprio que tornaram o país mais iluminado pelas luzes reformistas que vieram da Europa. Ela própria se tornou num dos maiores faróis desse conhecimento e do brilho que Portugal alcançou, posicionando o país na vanguarda do mundo, dele recolhendo influências e por ele dispersando o seu saber. 

Foi o génio de D. Dinis que fundou a UC em 1290 e a visão oblíqua e ambígua de D. João III que pôs fim às intermitências da instituição universitária entre Coimbra e Lisboa, e a fixou definitivamente, em 1537, na Lusa Atenas, onde vários colégios universitários já estavam instalados. Ambos têm estátuas categóricas e em lugares de destaque no campus coimbrão. Mas já D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal, se apercebera da importância que teria para o país a criação de uma instituição de escol que caminhasse à frente do seu tempo, e foi isso o que a UC sempre procurou ser. (...)

A fixação da universidade em Coimbra, da responsabilidade de D. João III, traz algumas questões e outras tantas perplexidades. A personalidade do rei, de um ardor religioso extremo, era um pouco fundamentalista e polémica. Era acusado o monarca de “obscurantismo e de intolerância”, sobretudo depois de ter pedido e voltado a pedir ao papa e, a seguir, ter instalado, o Tribunal do Santo Ofício em Portugal, que tão funestos serviços prestou ao país. E entre os principais críticos (posteriores) do rei esteve Sebastião José de Carvalho e Mello, o Marquês de Pombal, que dois séculos mais tarde impulsionaria uma monumental reforma na universidade. (...)

A UC carrega uma enorme história consigo, e a sua tradição fez com que não enquistasse, renova-se e inova-se todos os dias, e os seus 25 mil alunos disso beneficiam - e muito - deste espírito que só em Coimbra vive. (...)

Poderá ler o resto da reportagem na edição em papel do Jornal Abarca, disponível nos postos de venda habituais.

 

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