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31 JUL 2020
REPORTAGEM - A Educação nos Atoleiros do Eduquês
Por Jornal Abarca

A educação em Portugal tem passado por anos de chumbo e por cenários quase surrealistas que em nada a melhoraram, e muito menos a edificam, apesar de ser precisamente isso que apregoa a confraria dos ilusionistas do eduquês...

Há poucos dias, no final de uma tarde de calor bárbaro, no urbaníssimo Parque Ribeirinho da Barquinha, um íman sempre aprazível e com várias razões que nos dão um bom acolhimento e melhor usufruto, por um daqueles acasos que a vida é fértil em nos oferecer, e aos quais nem sempre damos o relevo que mereceriam, reencontrei um antigo aluno, a que aqui darei o nome de Edgar. Deixei de ser seu professor já a desfrutar a adolescência e reencontro-o agora já um jovem adulto, que no dia seguinte ao deste inopinado reencontro completaria 24 anos, e todas estas circunstâncias são um desafio. A surpresa rapidamente deu lugar a uma conversa com a fugaz intenção de preencher a dezena de anos do hiato que tinha ficado entre nós, mas foi muito mais. (...)

Um dos aspetos que os últimos tempos, catapultados pela propagação da Covid-19, vieram acelerar na sociedade, e de uma forma particularmente pertinente na educação, relaciona-se com o papel das novas tecnologias digitais num futuro já muito próximo. E, dentro destas, qual será a missão que terão as maviosas aplicações e as plataformas digitais nos dispositivos eletrónicos das escolas, dos professores e dos alunos. (...)

E os efeitos mais negativos no uso dos computadores e das novas tecnologias estarão sobretudo nos abusos de uma exposição excessiva, diria obsessiva, a estas ferramentas que se tornaram no eixo indiscutível que guia o mundo moderno. E, preserve-se desde já esta ideia: Nicholas Carr nem sequer reprova o uso das novas tecnologias, usa-as com decoro e moderação, e sobretudo usa-as para investigar os efeitos que podem causar ao ser humano, considerando ponderadamente que, ao fim e ao cabo, “toda a tecnologia é uma expressão da vontade humana”. O escritor sublinha que, com a Internet, valorizamos demasiado o que acontece neste momento e ansiamos pelo novo, onde o trivial pode ultrapassar o essencial; perdemos o foco e o espírito de concentração, a nossa atenção divide-se e fragmenta-se, e empolgamo-nos com tanta profusão de informações. Os textos online já não são lidos profundamente como num livro em papel, tudo é acelerado, lê-se na diagonal e, no limite de tanto poder ler, não se lê. (...)

Poderá ler o resto da reportagem na edição em papel do Jornal Abarca, disponível nos postos de venda habituais.

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