A deputada Fabíola Cardoso, eleita pelo distrito de Santarém nas listas do Bloco de Esquerda, questionou a Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, e o Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos,  em sede de discussão do Orçamento de Estado para 2021, na Assembleia da República, sobre algumas decisões estruturais do Plano Nacional de Investimentos 2030.

Fabíola Cardoso sublinhou o esquecimento a que foi vetada a Chamusca lamentando que “a requalificação das zonas industriais no interior e a melhoria prevista nas suas acessibilidades (…) não se estenda ao Eco Parque do Relvão” e “também a construção da ponte entre a Chamusca e a Golegã”. A deputada bloquista lembrou que essa foi uma proposta feita pelo partido para o Orçamento de Estado de 2020 mas a mesma foi chumbada “com os votos contra do PS, Chega e Iniciativa Liberal e abstenção do PSD e CDS”. Conclui, sobre isso, que se trata de “uma oportunidade perdida para o distrito”.

A ligação rodoviária às zonas industriais de Torres Novas e Entroncamento também foi questionada por Fabíola Cardoso lembrando que “em 2017 o primeiro-ministro foi a Riachos anunciar com pompa e circunstância o Programa de Valorização das Áreas Empresariais, que pretende promover a ligação das grandes vias rodoviárias às zonas industriais e logísticas, neste caso concreto a ligação da A23” às zonas industriais das duas cidades acima referidas. Sobre este tema, lembra a deputada que o último desenvolvimento conhecido remonta “a 2018 quando a Infraestruturas de Portugal lançou um concurso público para a elaboração do projecto”. Perante a estagnação dos trabalhos, e falta de referências no Orçamento de Estado para 2021 ou  no PNI2030, a deputada questionou o Governo se este “desistiu do projecto” ou para “quando pretende a sua reactivação”.