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30 NOV 2020
REPORTAGEM: "Finisterras da memória da nossa grandeza"
Por Jornal Abarca

As finisterras são lugares de mitos, lendas e memórias, nelas é também frequente a presença de ermidas, padrões, cruzeiros, agrestes nortadas - e aí se invocam muitos cultos, mesmo desde muito antes do cristianismo.

Há sempre algo de transcendência, misticismo e até de uma certa alquimia na paisagem de uma finisterra, naqueles cabos do mundo em que a terra acaba e dá lugar ao mar e à sua tentação totalitária de tudo dominar e afundar. As finisterras são lugares de mitos, lendas e memórias, nelas é também frequente a presença de ermidas, padrões, cruzeiros, agrestes nortadas - e aí se invocam muitos cultos, mesmo desde muito antes do cristianismo. Um cristianismo que a eles e às fenomologias que sugerem também dedicou uma atenção cúmplice. (...)

São os grandes desafios que nos fazem grandes e progredir, e em Sagres, que foi uma alegada morada do medo e de deuses antigos, mora também, e indiscutivelmente, porque os mitos não se discutem, a alma de uma das maiores sagas dos portugueses, a aventura dos Descobrimentos e a de, invocando a fé e o progresso, mas pensando também nas especiarias, em escravos e no ouro, se dar o mundo a novos mundos. A enormidade dos mares foi a nossa imponência. E visitar os grandiosos cabos de Sagres e de São Vicente, sobretudo se for feito com algum isolamento e desconforto, traz-nos sempre a ideia de um tributo, o tributo distante que podemos hoje prestar à odisseia complexa de Portugal e do seu Império pelos mares e pelas costas marítimas a partir do século XV. (...)

E há uma lenda antiga sobre o local que conta sobre a presença ali oculta e desconhecida do corpo enterrado de São Vicente, e que apenas foi descoberto porque sobre ele, junto às ruínas de uma velha orada, esvoaçava em pequenos círculos um bando de corvos, o que D. Afonso Henriques e os seus soldados interpretaram como um sinal. Escavado o terreno, aí encontraram o corpo do santo escondido entre as rochas (para não ser encontrado pelos mouros). Os restos sagrados foram então levados por mar até Lisboa sempre acompanhados por dois corvos, que por isso acabaram todos - corvos, barca e mar - por poisar no brasão de armas de Lisboa, por referência a esta lenda.

Poderá ler a reportagem completa na edição em papel do Jornal Abarca, disponível nos postos de venda habituais.

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