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21 DEZ 2020
ENTREVISTA com Saldanha Rocha: "De Mação eu vejo o resto do mundo!"
Por Jornal Abarca

O impacto do Museu de Arte PréHistórica e do Sagrado no Vale do Tejo, que Saldanha Rocha ajudou a criar, foi enorme, tal como a sua passagem ao longo de 12 anos pela liderança do executivo, e mais dois como vereador da cultura.

A criação do Museu de Arte Pré-Histórica e do Sagrado no Vale do Tejo, em 2000, em Mação, e a fixação na vila por períodos de seis ou mais meses de alunos de mestrados veio criar um importante impacto cultural e social que alterou boa parte do dia a dia da urbe. “Depois da instalação do museu e da criação aí de dois mestrados ligados à arqueologia, promovidos pelo Instituto Politécnico de Tomar [IPT], a vida em Mação mudou bastante. Na verdade, e em condições normais, residem na vila entre 40 a 50 estudantes de arqueologia dos cinco continentes do mundo, que aqui desenvolvem os seus trabalhos de investigação sobre o território, que ajudam à sua memória e à identidade”, diz José Manuel Saldanha Rocha, ex-presidente da câmara e atual presidente da Assembleia Municipal de Mação (AMM). (...)

O ano de 1979 dificilmente podia correr pior a Saldanha Rocha. Depois do trauma de, com a descolonização consumada, já não poder voltar à sua Angola, o jovem viu a mãe, Maria Perpétua, partir inesperadamente devido a um tumor fatal. Saldanha procurava afogar a dor do desaparecimento com a escrita, sobretudo com poesia, a ponte que encontrou para manter um contacto de afeto e ternura com a mãe. E assim nasceu uma paixão pela poesia, com versos tecidos por memórias da mãe, desabafos, e pelos elementos da natureza, as rochas, as montanhas, o vento forte, a água, o mar e, inevitavelmente, as recordações da antiga colónia, das suas cores e da sua largueza. Pouco tempo depois da morte de Maria Perpétua, o pai chegou ao pé dele e disse-lhe: “José, tens de ir trabalhar”. E o rapaz não hesitou, os estudos ficavam para trás, mas era a família que agora lhe pedia ajuda. (...)

Uma passagem por Mação evidencia claramente a pegada cultural, educativa, de lazer, social, económica, associativa e patrimonial da autarquia na vila e no concelho nas últimas décadas. Decerto por essas razões, o Presidente da República Aníbal Cavaco Silva decidiu atribuir-lhe em 2015 a Comenda da Ordem do Mérito pela “sua atividade autárquica em Mação”. Saldanha Rocha conta um facto singular mas revelador da sua natureza e da massa de que é feito: “A verdade é que horas antes de receber a comenda, andei com afã a distribuir limões produzidos em Mação por várias lojas e vendedores porta a porta em Lisboa. De tarde pus a gravata e fui receber esse reconhecimento que considero mais ter sido atribuído ao mérito da minha equipa, às pessoas com quem me relacionei, aos maçanicos, a Mação e à região”.

Poderá ler a reportagem completa na edição em papel do Jornal Abarca, disponível nos postos de venda habituais.

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