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19 JUL 2021
OPINIÃO | "Nem Tanto ao Mar, Nem Tanto à Terra", por Nuno Pedro
Por Jornal Abarca

Invariavelmente, o tema da pandemia continua a estar na ordem do dia. Primeiramente pelas consequências provocadas ao nível da saúde pública e no medo que se instalou na maioria da população – digo maioria porque ainda continuam a existir alguns néscios que teimam em negar aquilo que é uma evidência – como também nas mais variadas áreas de atividade, entre os quais a prática desportiva e neste caso particular que vou abordar, no futebol.

Depois da temporada futebolística passada, 2019/2020, ter sido interrompida de forma súbita, face aquilo que foi a propagação do vírus e os riscos a ele inerentes, remetendo para casa milhares e milhares de crianças e jovens, inviabilizando que continuassem a cumprir as suas rotinas desportivas de treinos e participação em quadros competitivos, por imposição das instâncias governamentais, o cenário para a época seguinte, a atual, pouco ou nada se alterou.

Goraram-se as expetativas de clubes, atletas e de todos aqueles que, de forma, direi mesmo ilegítima, atendendo ao que em muitos casos nos foi dado a assistir, foram literalmente ostracizados por aqueles que deveriam estar na linha da frente da sua defesa. Em todos os aspetos.

Mas não. Optaram por fazer do futebol o cúmulo daquilo que poderia ser danoso para a população, qual meio transmissor do vírus mais eficaz e com efeitos devastadores. Porque a malta do futebol é irresponsável, ao contrário dos nossos políticos, autênticos paladinos no saber ser e saber fazer no que concerne à pandemia. De um extremo ao outro, passando obviamente pelo centro. Quais titulares de sabedoria divina, cuja aplicação tem sido exímia no pronunciar de desculpas que só conseguem justificar o injustificável. Planeamento discutível, medidas avulsas, sem critério, despropositadas, enfim, um chorrilho de asneiras que o país tem pago de forma bem cara. E não é preciso ser dotado de grande sapiência para o perceber. Os resultados estão à vista. É que nem ao respeito conseguiram dar-se. Enquanto uns estão dentro de uma cerca, outros tudo podem fazer.

Mas voltando ao essencial e fruto de todas as proibições, condicionamentos, e depois de meses e meses sem poderem fazer aquilo que mais gostam, muitos foram aqueles que pura e simplesmente abandonaram a prática desportiva, dedicando-se aos e-sports, sempre mais confortáveis de praticar no conforto do lar. Porque nunca foi intenção de quem de direito encontrar soluções de equilíbrio, pautando-se por uma postura de arrogância, despótica, consubstanciada no quero, posso e mando. É assim e ponto final. Sem pesar os dois pratos da balança.

Que seja o que Deus quiser… ou como eles mandarem.

 

*O jornal abarca assinala a passagem de mais um aniversário. A todos quantos ao logo da sua existência têm feito da resiliência uma arma poderosa para cumprir a nobre missão de informar, deixo o meu reconhecido agradecimento. Parabéns Jornal abarca!

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