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01 AGO 2009
RPP SOLAR: TRABALHOS JÁ COMEÇARAM
Por ABARCA

 

Dito e feito. Os trabalhos de limpeza e desmatação do terreno, na freguesia de Concavada, onde irá nascer a  primeira unidade do Projecto Integrado de Energia Solar começaram a 28 de Julho.

 

O empreendimento de produção de painéis fotovoltaicos e torres eólicas, da responsabilidade da empresa “RPP Solar”, representa um investimento de cerca de 850 milhões de euros e irá criar 1.800 postos de trabalho, 300 dos quais serão engenheiros e investigadores. Esta mega unidade vai desenvolver-se em quatro fases, ao longo de três anos.

Esta primeira fase do projecto, que o promotor pretende instalar até ao final de 2009, compreende, para além das infra-estruturas do terreno (130.435m2), a construção de um edifício com três usos distintos: industrial; serviços e armazenagem, acessos e estacionamentos.

Tendo em atenção a proximidade a outra unidade industrial (Central do Pego), o promotor prevê a construção de uma rotunda em substituição do nó de acesso à Central, para melhor servir as duas unidades, sem prejudicar o funcionamento da estrada nacional.

A instalação do Projecto Integrado de Energia Solar (PIES) e aquisição, para o efeito do prédio rústico, denominado “Casal Curtido”, localizado na freguesia de Concavada, foi discutido e votado por unanimidade na Assembleia Municipal de Abrantes, realizada a 17 de Julho.

O Projecto Integrado de Energia Solar (PIES) “irá agregar toda a cadeia de produção de energia solar, com a instalação de sete unidades industriais, cinco a sete torres eólicas, painéis solares e turbinas de co-geração”, explicou Nelson Carvalho, presidente da Câmara Municipal de Abrantes.

“Esta é uma obra de três anos. No final do ano vamos ter duas unidades a funcionar e cerca de 400 pessoas. No final do segundo ano, ou seja 2010, passamos as mil e entraremos em velocidade de cruzeiro no terceiro ano”, esclareceu ao Jornal Abarca, Alexandre Alves, empresário responsável pelo investimento, presente na Assembleia Municipal.

A conjuntura nacional e internacional não favorável “a que se pense em grandes projectos só com alguma coragem e mais do que isso com alguma visão estratégica. Da minha parte foram ponderadas todas as situações, portanto da minha parte quero dar-vos a garantia que não é nenhum projecto com possibilidade de deslocalização”.

O investimento envolve um montante de cerca de 818 milhões de euros que, segundo Alexandre Alves terá o apoio dos fornecedores – Simens e Centrotherm – “e os bancos alemães vão exportar tecnologia, não dependemos de bancos nacionais, não estamos à espera de subsídios do Governo.

Não somos os empresários da mama. Não estou a fazer projectos para ir buscar subsídios, estou a fazer projectos para que eles sejam rentáveis. E a rentabilidade do projecto vem da produtividade, dos salários correctos que se pagam às pessoas. Eu sei que esta clareza muitas vezes incomoda as pessoas, sobretudo as que estão habituadas à mama. Não sou empresário do regime, mas nem deste, nem do anterior, nem do futuro. Não vou ser empresário do regime, isso garanto a todos”, acrescentou.

À assembleia municipal de Abrantes, Alexandre Alves veio acompanhado de dois professores universitários - “das maiores sumidades do país quer em termos nacionais, quer internacionais” – António Valela, físico, catedrático na Universidade de Lisboa, e António Joyce, director do Instituto Nacional de Investigação e Tecnologia Industrial, hoje chamado LNEG.

A matéria prima para a construção dos painéis fotovoltaicos é o silício e a vantagem de uma Projecto Integrado é o aproveitamento de todas as mais valias no processo de produção. “Vamos posicionarmo-nos para estarmos no primeiro lugar, não admitimos ser segundos, sei que é um grande desafio, mas vai ser feito por etapas com
pessoas tecnicamente preparadas. Vamos conseguir ter os melhores especialistas na área das energias fotovoltaicas. Porquê? Porque vamos fazer o primeiro projecto integrado do mundo.
Queremos que toda a gente que queira trabalhar tenha trabalho”.

Alexandre Alves tenciona ir buscar engenheiros aos institutos, às faculdades, aos jovens que não acabaram o curso e querem ser estudantes trabalhadores. “Vamos privilegiar fundamentalmente quem quer trabalhar, há doutores e engenheiros que não querem trabalhar. Nós vamos privilegiar quem quer trabalhar com o curso terminado ou não, todos somos poucos para levar por diante este projecto”.

A escolha de Abrantes prende-se com vários factores. “Contactámos todas as câmaras, a equipa técnica escolheu Abrantes e eu aceitei. Tem água, fundamental para o arrefecimento das máquinas, vapor e energia porque estamos perto da Central do Pego. Vou assumir grandes riscos, perfeitamente calculados e convido-os para irem lá ao terreno dentro de algumas semanas para ver como se trabalha, porque nós somos daqueles que fazemos, não dizemos que fazemos. Há uns que dizem, que prometem, nós não fazemos parte nem da equipa dos promessas nem da equipa dos que contam histórias, nós fazemos parte da equipa dos que fazem”.

A nova unidade ficará instalada num terreno de 82 hectares, com uma área de implantação de 16 hectares. O projecto, da responsabilidade do empresário Alexandre Alves e do Grupo RPP Solar, foi bem acolhido pela autarquia que afirmou “apoiar a fábrica como Projecto de Interesse Nacional” (PIN) junto da Agência Portuguesa de
Investimento.

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