Ponte de Sor está em festa até domingo, dia 11, em comemoração dos 25 anos de sua elevação à categoria de cidade.
Pelo palco do Anfiteatro da Zona Ribeirinha, vão desfilar a Orquestra de Harmónicas de Ponte de Sor, a Banda da Sociedade Filarmónica de Galveias, o Grupo de Cantares de Montargil, as Classes de Dança do Eléctrico Futebol Clube, José Cid, o cabo-verdiano Mário Lúcio, a brasileira Adriana, o italiano Eugenio Bennato e a Orquestra Ligeira da Câmara Municipal de Ponte de Sor.
Para encerramento dos festejos um espectáculo de fogo de artifício. A animação dos finais de noite este ano está a cargo de Amarelo Duo, Marco Morgado, Zé Artur/ Manuel José e Vítor Vilela.
A gastronomia representada pelas sete freguesias do concelho e a mostra de artesanato fazem também parte do evento e, tal como em anos anteriores, vão ter como palco a Avenida Marginal e a Zona Ribeirinha de Ponte de Sor. O cartaz, que agora é apresentado a público pela primeira vez, foi também o grande vencedor do concurso “Festas de Ponte de Sor – 25 anos de Cidade”, no qual participaram 33 concorrentes.
Lançamento de Livro e Exposição
No âmbito das comemorações do 25.º Aniversário da Cidade de Ponte de Sor será lançada a edição crítica da obra “Cinzas do Passado”, da autoria de Primo Pedro da Conceição Freire d’Andrade e agora revisto por Ana Isabel Coelho Pires da Silva.
O evento terá lugar a 10 de Julho, pelas 17h30, no Centro de Artes de Ponte de Sor. No mesmo dia será ainda inaugurada a exposição “Ponte de Sor: História e Património Documental”. A exposição tem como objectivos a divulgação e a sensibilização para o valor do património histórico e documental do concelho, com particular incidência na documentação pertencente ao Arquivo Municipal. Consiste essencialmente numa mostra de documentos manuscritos, agrupados em quatro conjuntos temáticos, que procuram abarcar alguns aspectos fundamentais da vida municipal de Ponte de Sor desde as suas origens até à época contemporânea.
Ponte de Sor, uma terra com história
No concelho de Ponte de Sor existem numerosos vestígios que comprovam a presença humana nesta região desde a Pré-História, merecendo especial destaque o “Núcleo Megalítico de Montargil” e várias antas. Da época da romanização estão a Necrópole de Stº André, os marcos milenários da antiga via Lisboa-Mérida e outros testemunhos epigráficos e monetários.
A quase ausência de manifestações artísticas do período medieval poderá explicar-se pela instabilidade a que estaria sujeita esta zona durante as lutas da Reconquista. Contudo, junto ao rio, podem-se ver os restos da cerca amuralhada do século XV, já alterada, mandada construir por D. Duarte, em 1438.
Dos séculos XVII e XVIII, são frequentes as pequenas igrejas e capelas rurais barrocas, obedecendo a um modelo simples e humilde, encontrando-se os melhores exemplares em Montargil e Galveias, sendo o expoente máximo o conjunto da Misericórdia de Galveias com Igreja e Consistório, classificada como Imóvel de Interesse Público, desde 1977.
Dos finais do século XVIII, destaca-se a “Fonte da Vila”, mandada construir por D. João V.
Um bom exemplar dos trabalhos de ferro forjado da região é a janela exterior da Igreja Matriz de Montargil do século XVII. (Fonte Wikipédia)
O concelho de Ponte de Sor possui a área total de 839.230Km2 e uma população de cerca de 20.000 habitantes, sendo constituído por 7 freguesias: Foros de Arrão, Galveias, Longomel, Montargil, Ponte de Sor, Vale de Açor e Tramaga.
A cidade de Ponte de Sor é, actualmente, sede de um dos concelhos do distrito de Portalegre. Situa-se na margem direita do rio Sor e encontra-se implantada num importante nó estratégico, no cruzamento rodoviário entre Lisboa, Beiras e Alentejo.
Pensa-se que na origem de Ponte Sor estiveram motivos viais e comercias, pois estava integrada na 3ª via militar que ligava Lisboa a Mérida. Deste modo, o seu nome deve ter-se fixado na época romana, devido à construção de uma ponte sobre o rio Sor. Durante a Reconquista Cristã a região de Ponte de Sor terá sofrido a instabilidade própria de uma zona de indefinição de fronteiras militares e políticas. Inicialmente, património dos Templários e mais tarde reconquistada definitivamente pela Ordem de S. Bento de Avis.
O primeiro Foral foi outorgado pela Sé de Évora, em 1161, no reinado de D. Sancho I, sendo mais tarde confirmado por D. Manuel em 1514.
Desaparecida a ponte romana, D. João VI mandou construir, em 1822, a actual ponte. Contudo, em 2003 sofreu reestruturações, devido ao tráfego.
Ponte de Sor foi elevada à categoria de cidade a 8 de Julho de 1985 e é, actualmente, uma referência para a indústria corticeira mundial. Contudo, o seu tecido industrial não se limita à indústria corticeira, pois integra outras empresas ligadas ao ramo automóvel, aeronáutico, transformação de produtos agrícolas, construção civil, etc... O que demonstra que no concelho de Ponte de Sor, a tradição e o desenvolvimento convivem em perfeita harmonia.
