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01 NOV 2008
TRADIÇÃO E MODERNIDADE
Por ABARCA

 

Golegã mexe. As pessoas saem à rua. Cheira a castanha assada, bebe-se água-pé e a vila enche-se de cavalos, de amazonas e de cavaleiros. A tradição alia-se à modernidade e a Feira de S. Martinho revela-se um evento único e singular.

 

“É a decana e a secular das feiras portuguesas, é um espectáculo lídimo obrigatório”. É a XXIII Feira Nacional do Cavalo, a X Feira Internacional do Cavalo Lusitano, mas é, sobretudo, a Feira de S. Martinho onde “co-habitam a tradição e a modernidade”.

Afirmou-se “pela sua carga, pelo seu conteúdo, pelo seu substrato”, uma característica que nunca se poderá "substituir ou igualar”, sublinha Veiga Maltez, presidente da Câmara Municipal da Golegã. Respeitada pelas capitais do cavalo europeias, “é uma feira única e singular” que confere a esta vila tão grande mediatismo.

Segundo Constantino Lopes, presidente da Junta de Freguesia da Golegã, este evento “leva o nome de Portugal e da Golegã aos quatro cantos do mundo”, estando “de tal forma enraizado que faz parte da agenda cultural de uma grande quantidade de pessoas”. A Feira Nacional do Cavalo “é um dos maiores eventos, deste tipo, a nível mundial”.

Manter o nível é inovar

“Todas as feiras são cópias corrigidas e aumentadas. A feira atingiu um nível que só mantê-lo já é inovador”, declara Veiga Maltez que acrescenta que este evento suporta sempre as mesmas características e introduzem-se algumas vertentes para que possa ser melhorado.

Nesta edição, pretende-se consolidar todas as posturas e deliberações que foram feitas para que “a feira corra com disciplina e ordem para que quem a queira fluir e partilhar, passe uma feira serena e calma”. Para o autarca, as próprias melhorias conseguidas relativamente ao trânsito também são um aspecto inovador. “Todos circulam, desde que com regras e disciplina”. Para tal, desenvolveu-se um serviço de transfer, estabeleceu-se uma parceria com a CP e criou-se parques de estacionamento às portas da vila. O trânsito que já foi caótico, “vem melhorando francamente e há um contentamento” por parte dos visitantes.

Por outro lado, “as pessoas reoxigenam as suas bolsas, há uma economia paralela em que os goleganenses, que são pessoas hospitaleiras, cedem os seus espaços e criam condições” para que tanta gente possa visitar a Feira de S. Martinho. “A câmara nada tem que ver”, no entanto, para Veiga Maltez “já é uma tradição como a da águapé”. Isto porque a Golegã tinha uma prerrogativa especial. “Noutros tempos, beber água-pé só era permito no dia 11 de Novembro e só na Golegã”.

Quanto aos custos do evento, o autarca adianta apenas que “a feira quase se paga por ela”. Para Veiga Maltez, o mais importante são as divisas que entram, a nível nacional pela exportação do cavalo lusitano, e a nível regional pelo efeito rebound que a feira tem. “Nos primeiros trinta quilómetros que nos envolvem, os alojamentos estão todos esgotadíssimos e vivem muito bem por causa da feira”.

Dos parceiros, refira-se a Junta de Freguesia da Golegã que até determinada altura apoiava o evento através da atribuição de uma verba. Actualmente, o patrocínio desta autarquia traduz-se na oferta de dois troféus. Um é destinado ao vencedor da Taça de Portugal de Horse Ball e a atribuição do outro é decidida pela Feira Nacional do Cavalo.

“Fazemos questão de oferecer, se não o melhor, pelo menos o mais vistoso troféu que é disputado na Feira. É um troféu fora do comum e que as equipas cobiçam”, declara Constantino Lopes. Por outro lado, “tem de ser um troféu valioso que ronda os 600 euros, enquanto o custo do outro é cerca de metade”.

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