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20 DEZ 2017
Qualidade de vida depois dos Quarenta (2)
Por Jornal Abarca

É sempre difícil, para mim escrever sobre o Natal dada a minha não religiosidade, mas já o tenho feito e até confessado a minha simpatia pelo “espírito natalício”. Hoje vou dar continuidade ao artigo do mês passado, numa tentativa de ajudar os que me lêem a terem saúde, condição necessária para serem felizes. Assim, mesmo agnóstico, julgo estar a cumprir um dos Mandamentos reconhecidos como a base moral do judaísmo, cristianismo e islamismo...

Sabe-se hoje que descendemos de animais parecidos com macacos (australopitecos), que já caminhavam sobre os dois pés e que terão habitado este nosso planeta há 4 milhões de anos. Homens e mulheres verdadeiramente semelhantes aos actuais, (homo sapiens) só terão aparecido, em África, há uns 90 mil anos e há apenas uns 10 mil que começaram a ser sedentários agricultores. Podemos imaginar, sem grande risco de desmentido... que as populações primitivas nasciam (mesmo sem educação sexual...), morriam e durante a sua vida certamente deviam ter estado “doentes”, porque há registos da existência de médicos egípcios, persas, indianos, chineses...  que viveram muito antes de Jesus Cristo. No entanto quem mais terá influenciado a medicina do Mundo Ocidental foram os médicos gregos, romanos e árabes, desde há 2 mil e quinhentos anos nomeadamrente Hipócratres, médico grego, cujo pensamento se poderá condensar na célebre e muitas vezes citada frase “Que o teu alimento seja o teu medicamento e o teu medicamento o teu alimento”.

Este aforismo foi no entanto esquecido pelas actuais escolas oficiais de medicina do ocidente. Desde que Pasteur descobriu, no século XIX, micróbios responsáveis por infecções, que a farmacêutica e a medicina, no Ocidente, se consagraram a conceber e a utilizar remédios capazes de os destruir. Só há vinte ou trinta anos, perante a crescente ineficácia dos antibióticos, os inconvenientes da quimioterapia e os efeitos secundários perversos de quase todos os remédios, a atenção se virou para o fortalecimento do nosso sistema imunitário, um dos sistemas mais complexos e extraordinários do corpo humano.

Antoine Bechamp, contemporâneo de Pasteur, contrariou as suas ideias argumentando que nem todos os micróbios são nossos inimigos, que há micróbios bons e maus para a saúde do Homem. Sem os bons não sobrevivemos muitos dias e os maus não nos causam doenças se o nosso sistema imunitário estiver em bom estado...

Pasteur foi o vencedor deste confronto de ideias e a sua teoria está na base da expansão da indústria farmacêutica, que desde então procura encontrar um remédio eficaz para cada doença, no entanto, à luz dos actuais conceitos ecológicos, Bechamp é sem dúvida muito mais credível.

A maior parte dos “remédios” que nos são receitados não curam as nossas doenças crónicas, escondem os seus sintomas que mais não são do que avisos de que algo está a funcionar mal no nosso corpo.

Se uma luz vermelha se acender no “tablier” do nosso carro, apagamos a luz e ficamos descansados ou vamos à oficina para descobrir o que está mal?

(continua)

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