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01 MAI 2018
ALGORITMO
Por Jornal Abarca

Quanto à origem não nos vamos debruçar sobre o tema, dado que não há consenso sobre a mãe e o pai ou a madrinha e o padrinho.

Dado que é um dos “palavrões” actualmente mais em voga, responsável por uma série de problemas que vão desde a utilização de dados pessoais não autorizada, até aos, muito recentes, acidentes com automóveis autónomos, vamos tentar esclarecer os leitores deste “fenómeno” com que, todos os dias, lidamos.

Em primeiro lugar, a existência de algoritmos tem milhares de anos. Todos nós, apenas com algumas (poucas) primaveras, aprendemos a trabalhar com algoritmos, pelo menos, desde a Instrução Primária, actual 1º Ciclo do Ensino Básico. Aprendemos a adicionar, a subtrair, a multiplicar e a dividir números. Estas operações são realizadas através de algoritmos: “conjunto ordenado e finito de processos (simples) necessários para efectuar um cálculo”. Para efectuarmos qualquer destas operações utilizamos as tabuadas, processos simples, para efectuar o cálculo de uma soma, de uma diferença, de um produto ou de um quociente e respectivo resto. Claro que há algoritmos mais complicados como, por exemplo, o cálculo de uma raiz quadrada. Assim, em Matemática, os algoritmos são utilizados para efectuar cálculos mais ou menos complexos.

Sendo um processo matemático e sabendo da aversão à Matemática de grande número de entes do género humano, porquê, actualmente, se fala tanto neste processo?

A razão é simples: a computação “roubou” o algoritmo à matemática!

Não há ciência de computação sem algoritmos: “conjunto de operações, sequenciais, lógicas e não ambíguas, que, aplicadas a um conjunto de dados, permitem encontrar a solução para um problema num número finito de passos”. Comparemos esta definição informática com a definição matemática dada antes. Em qualquer dos casos trata-se de operações muito simples, em número finito, que tratam um conjunto de dados, numéricos ou não, realizadas em determinada sequência que permitem solucionar um problema (conceitos muito semelhantes).

Reparemos que, no caso da informática, os dados podem ser numéricos ou não, mas, não sendo numéricos, são transformados em números!

O computador, ou qualquer outro aparelho digital, smartphone, máquina de calcular, televisão, máquina fotográfica, leitor de música, etc., etc., funcionam com base em três circuitos lógicos electrónicos: “e” (and), “ou” (or) e “não” (no) que, por sua vez se baseiam na lógica binária e dão origem a mais alguns circuitos electrónicos. Quase tudo o que qualquer máquina digital faz é baseado nestes três circuitos que, felizmente, se podem associar à numeração binária da matemática. Felizmente, porque tudo se “casa” para que, através de algoritmos – sucessão finita de operações simples para resolver um problema mais complexo – possamos ter avançado nas três décadas mais recentes mais do que nas três centenas de anos anteriores!

Com o algoritmo, com os circuitos lógicos electrónicos, com as tabuadas da lógica binária aplicadas à numeração binária (apenas existe o “0” e o “1”), com a associação do “0” ao “não passa corrente” e do “1” ao “passa corrente” (ou o contrário), temos “o mundo aos nossos pés”. Esta foi e continua a ser a grande revolução do final do século XX e que se está a prolongar pelo século XXI, não sabemos até quando. Isto porque, neste momento, a grande investigação está relacionada com a “inteligência artificial” e com a “computação quântica”!

Esperemos, no entanto, que todo este desenvolvimento científico seja para benefício do Homem sobre a Terra e não para a sua aniquilação, do Homem e da Terra.

Tudo o que é complicado pode ser “decomposto” em “coisas” muito simples, mas nem sempre é para o bem de todos!

Como toda a invenção humana, o algoritmo pode aplicar-se ao Bem ou ao Mal.

Assim, tenha cuidado com a sua privacidade!

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