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02 JUL 2018
Entrevista - Miguel Borges: "É a cultura que nos traz outros mundos"
Por Jornal Abarca
Nasceu em Abrantes em 1965 mas estabeleceu-se no Sardoal há três décadas. Homem da cultura, tornou-se presidente de câmara da terra que o acolheu. Miguel Borges vive, também, em António Drumond de Castro.
No Sardoal, que é uma terra bastante conhecida pela sua fé, é trabalhada essa ligação entre a música e a igreja?
Bem, o meu contributo é que, quando posso, vou tocar órgão ao domingo à missa [risos]. Não há grandes registos musicais, ou pelo menos inovadores. Há os salmos, mas que tenha conhecimento não há nada inovador. Mas, por exemplo, ninguém imagina as nossas procissões sem o som da filarmónica. Por isso, a arte está aqui muito ligada. (...)
A utilização de um pseudónimo tinha o objectivo de se refugiar de algum modo?
Não, porque sempre que alguém perguntava eu dizia quem era. Não vamos misturar o Miguel Borges com o António Drumond de Castro. São a mesma pessoa, mas mais se calhar para preservar o próprio presidente de Câmara… (...)
O Rede Eunice surge nessa dinâmica de trazer a montanha a Maomé?
Em boa hora o actual secretário de Estado, Miguel Honrado, na altura director do Teatro Nacional D. Maria II teve a feliz ideia de criar uma rede de descentralização dos espectáculos que fazem em Lisboa. Na altura candidatámonos e no primeiro ano ficaram seleccionados Sardoal, Vila Real e Funchal. No segundo ano, juntou-se o município de Portimão. Por isso, temos de sentir-nos orgulhosos e felizes por pertencermos a esta rede. E, deste modo, estamos a contribuir para o desenvolvimento cultural não só do Sardoal mas também da nossa região. (...)
Para terminar, uma pergunta inglória: actualmente sente-se abrantino ou sardoalense?
Ui… sabe que eu tenho a vantagem de ser natural da melhor cidade do mundo e ser presidente de Câmara da melhor vila do globo. [risos] Gosto muito de Abrantes, tenho lá muitos amigos, mas sou sardoalense de alma e coração, estou casado com uma sardoalense e tenho filhos sardoalenses.
Poderá ler o resto da entrevista na edição em papel do Jornal Abarca, disponível nos postos de venda habituais.
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