Israel ganhou este ano o Festival da eurovisão, muitos reagiram ao facto de ter ganho porque não acharam que a cantora deveria ser a favorita. Mas a Eurovisão sempre foi e continua a ser um concurso muito político, de contrário como se pode explica a participação da Austrália nos últimos anos no concurso? Como se pode explicar à Austrália que a Eurovisão foi um programa criado pela União Europeia, como se explica que a Eurovisão é um programa viciado que não obedece a talentos mas a interesses político -económicos? Como vamos explicar como europeus à Austrália, que a Austrália nunca vai ganhar, apesar de ser muito conveniente para as os canais de televisão europeia que tenha milhões de espectadores autralianos a torcer pela Austrália que justificam as audiências dos programas?
De todos os anos em que esta dimensão política foi mais evidente foi quando a Ucrânia ganhou com uma canção sobre guerra (num concurso que deveria celebrar a alegria e a diversidade europeia) no preciso ano que a Rússia invadiu este país.
Este ano não podia ser diferente: depois de todas estas tenções sobre qual será a capital de Israel e de todas as discussões em volta da crescente importância política, económica e religiosa no médio Oriente, Israel ganha o concurso.
A Europa e o mundo tem os olhos voltados para o médio Oriente. O que muitos não falam ou se recusam a pensar, falar ou discutir é o motivo principal das tensões religiosas em Israel. A Terra ainda que pertença a todos não é dividida de igual forma. Sabemos que Israel tem terra árida, tem um Oásis que se chama Jerusalém. Sabemos que a terra que cristãos, muçulmanos e judeus está minada de petróleo. Sabemos que nós como europeus, vamos continuar a cantar “I´m not your Toy” como o vídeo onde o próprio cantor de música pimba chamado Toy canta e apesar de todas as ironias e de todas as instatisfações vamos concordar com as redefinições de Trump ao querer redefinir qual a capital de Israel. Nós como europeus vamos continuar a ver o vídeo do Herman José chamado “Planet Portugal” quer os nossos tão pouco estimados britânicos gostem ou não.