O presidente do Conselho de Administração da Mitsubishi Fuso Truck Europe, Jorge Rosa faz um balanço actual da Mitsubishi abordando questões como a necessidade de uma nova ponte, a recente greve dos trabalhadores e a grande aposta nos veículos eléctricos.
Qual a importância de uma ponte no Tramagal para a vitalidade da Mitsubishi?
A importância da logística para as populações e para as empresas é cada vez maior. Para nós que fabricamos produtos grandes e pesados que exigem transportes de grande dimensão assume ainda maior relevância. Portanto, estando do lado errado do rio, é de facto um problema para nós. Temos sobrevivido ao longo dos anos com este problema mas é um constrangimento claro ao desenvolvimento da empresa e na sua projecção para o futuro. Normalmente não me refiro à ponte, falo das acessibilidades de forma genérica. As acessibilidades à volta da fábrica são más! (...)
Existe perigo de deslocalização da fábrica sem uma nova ponte?
De forma directa: não. Agora, não ajuda quando discutimos dentro do grupo novos projectos e a continuidade dos projectos actuais. Obviamente todas estas questões são avaliadas. Não vendo eu um perigo imediato, é sempre um factor muito negativo na avaliação desta unidade. Que é só uma unidade no grupo DAIMLER, estes carros são feitos aqui como podem ser feitos noutro lado. É altamente penalizador.
Houve quem se queixasse de falta de consideração pelos trabalhadores e de sensibilidade por parte da empresa ao tentar impor as novas regras unilateralmente. Concorda?
Acho que não têm razão nenhuma. Acho que é um exagero e que há a politização de um assunto que faz parte da agenda nacional. A empresa tem muito respeito pelas pessoas com quem trabalha, as pessoas são a razão da nossa existência aqui. Somos uma empresa de portas abertas e temos uma relação muito aberta de discussão de todos os assuntos que afectem os trabalhadores e a empresa e tentamos encontrar pontos de encontro na discussão dessas questões. Não há tabus nem há que ter medo. Fazemos sempre um apelo ao bom-senso e à racionalidade e não gostamos da politização destas questões. (...)
Poderá ler o resto da entrevista na edição em papel do Jornal Abarca, disponível nos postos de venda habituais.