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06 NOV 2018
A morte, a ciência e as perspetivas da imortalidade
Por Jornal Abarca
"No nosso dia a dia preferimos fazer de conta que a morte não existe, como se ela não fosse, afinal, uma das poucas coisas que todos temos certas na vida”, observa o historiador e investigador cultural António Matias Coelho.
 
Há quem tenha a ingenuidade de acreditar com convicção que um mito não é mais que uma mentira bem contada numa historieta que resistiu muito bem ao tempo. É fácil ter essa crença, mas corre-se o risco de se estar a perder a essência oculta que um mito não ostenta, mas ao ocultá-la lhe dá uma sedução suplementar. Além de literatura e classicismo, mesmo que escrito em caracteres cuneiformes, o mito tem uma dimensão histórica, psicológica e humana profunda, como atesta a permanência de muitos por séculos e milénios. Pensa-se que o primeiro mito criado pelo ser humano foi o da epopeia do rei Gilgamesh, tão denso e evocativo da nossa natureza que alguns dos seus trechos serviram de inspiração a alguns dos episódios mais famosos da Bíblia, escrita séculos depois. (...)
 
O investigador e divulgador cultural, que esteve na origem dos dois Encontros Sobre as Atitudes Perante a Morte realizados na Chamusca em 1989 e 1991 (foram os primeiros que se realizaram em Portugal e estiveram na origem de um livro essencial com a chancela da Minerva que recolheu as comunicações dos participantes), nota que desde então houve sinais de mudança em relação às atitudes perante a morte. “A realização de investigações e trabalhos académicos e de alguns encontros e colóquios sobre a temática significam alguma abertura, bem como o crescimento do chamado turismo cemiterial, que é já proporcionado por alguns municípios portugueses de maior dimensão. Por outro lado, o aumento exponencial da cremação e o debate sobre a eutanásia, que se instalou na sociedade portuguesa, evidenciam alguma mudança de atitude relativamente à morte”, observa António Matias. (...)
 
Hoje correm nas veias mais secretas da eterna revolução da ciência algumas investigações próximas do paroxismo que vão dando forma ao Projeto Gilgamesh, um projeto rumo à eternidade. Em muitos domínios das biotecnologias de ponta, dos algoritmos, da engenharia molecular, da nanorrobótica, das nanotecnologias e da bioquímica há quem ande à procura e a forçar a porta de emergência da imortalidade do ser humano. Não é diversão de mau gosto. (...)
 
Poderá ler o resto da reportagem na edição em papel do Jornal Abarca, disponível nos postos de venda habituais.
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