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10 FEV 2019
O General Que Acordou o Povo
Por Jornal Abarca

Humberto Delgado teve o condão de despertar um Portugal adormecido para a luta pela democracia. Pagaria caro por isso, tendo sido assassinado cumprem-se 54 anos no dia 13 de Fevereiro. Para a história fica o homem que morreu em nome da luta do seu povo.

Humberto Delgado (15 de maio de 1906, Boquilobo, Torres Novas – 13 de fevereiro de 1965, Olivença, Espanha) é recordado pelos portugueses como um homem da liberdade, mas talvez não seja esse o desígnio que acompanhou a totalidade da sua carreira e da sua ideologia política. Esse rótulo surge, claro, quando já numa fase avançada da sua vida decide enfrentar Salazar concorrendo às eleições Presidenciais de 1958 contra Américo Tomaz. (...) Mas Delgado foi durante muitos anos alinhado com o Estado Novo. Aliás, participou em 1926 no movimento militar que derrubou a I República e implantou a ditadura militar que, sete anos mais tarde, conduziu António de Oliveira Salazar ao poder. Humberto Delgado apoiou durante anos as posições do Estado Novo e não escondia a sua veia anticomunista. (...)

Há quem se mostre convicto de que os cinco anos em que viveu nos Estados Unidos da América mudaram a sua forma de pensar e que voltou a Portugal um homem politicamente diferente.  (...)

A 13 de Fevereiro de 1965, Humberto Delgado desloca-se a Los Almerines, pequena localidade da fronteira, pensando que se iria encontrar com um grupo de opositores do Estado Novo. Entra num carro com Ernesto Lopes Ramos, agente da PIDE, longe de imaginar que aquela era uma cilada fatal. O agente leva-o então para uma suposta reunião na quinta de “Los Almerines”, com a desculpa de ser um local mais discreto. O carro pára finalmente num atalho perfeito para uma emboscada pois não poderia ser visto da estrada principal. O plano foi pensado ao pormenor. É neste momento que aparece um outro agente da PIDE e se apresenta a Delgado: “Às suas ordens, meu General”. Humberto Delgado cumprimenta-o e, quando se preparava para ir à parte de trás buscar o casaco, este diz-lhe que “não há tempo a perder, podem-nos ver”. Neste momento, ladeado por dois agentes da PIDE, o General Sem Medo entra uns cinco metros pelo bosque dentro e acorda cruelmente para a realidade ao deparar-se com Casimiro Monteiro e Agostinho Tienza, outros agentes da PIDE: - “Acabou-se o jogo, Humberto. Levanta as mãos, estás preso!”. (...)

Poderá ler o resto da reportagem na edição em papel do Jornal Abarca, disponível nos postos de venda habituais.

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