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04 MAR 2019
Constância e Abrantes:
A Real Magia das Borboletas
Por Jornal Abarca

Borboleta. Borboleta. Borboleta... a palavra mais ouvida no Borboletário Tropical do Parque de Santa Margarida, em Constância, ou na Escola Dr. Manuel Fernandes, em Abrantes, onde um antiga estufa foi adaptada a borboletário.

O projecto existe desde o dia 5 de Junho de 2013 e, a partir de então, tem sido um sucesso. Só em 2018 passaram pelo Borboletário 14.300 pessoas. Sendo que 50 por cento dos visitantes são estudantes. A maioria das espécies de borboletas existentes neste espaço são originárias da América do Sul e Sudoeste da Ásia. A ideia é recriar espécies que vivem em ambientes quentes e húmidos. Segundo Tiago Lopes, técnico e coordenador responsável pelo Borboletário, existe entre 10 a 12 espécies diferentes de borboletas  e explica que “o ciclo de vida destes indivíduos é muito dinâmico, varia entre 10 a 30 dias, por isso pode acontecer ver determinada espécie numa semana e na outra ser outra espécie em exposição”. No Borboletário de Santa Margarida é possível encontrar espécies tão intrigantes como a Borboleta Mocho ou Borboleta Coruja que pode atingir entre 12 a 15 centímetros. Esta espécie é assim designada porque os seus olhos simulam os olhos de uma coruja. No parque ainda podem ser vistas a Borboleta Imperadora que pode atingir entre 10 a 12 centímetros, a Borboleta Atacus Atlas originária da Ásia que é uma das maiores do mundo, pode atingir 30 centímetros de comprimento e a sua esperança média de vida é de apenas uma semana. O coordenador adiantou que a maioria das pessoas tem uma ideia errada sobre as borboletas, acham que só podem ser vistas uma vez por ano, mas no Borboletário, com um ambiente de estufa “podem ser vistas tanto no Verão como no Inverno.” Um dos projectos deste espaço no Parque de Santa Margarida da Coutada consiste no incremento da produção de plantas e flores para “ajudar a reprodução de mais borboletas”.
 
O Borboletário da Escola Dr. Manuel Fernandes, em Abrantes
Em 2009 nasceu na região um outro Borboletário, desta feita na Escola Dr. Manuel Fernandes, em Abrantes. Foi um projecto financiado pelo  programa Microprojectos Ciência Viva que deu frutos. Os alunos tinham uma estufa que foi remodelada e na altura “os estudantes andavam muito entusiasmados com as borboletas, falavam sobre o assunto com os amigos”, recorda Maria José Oliveira, professora e coordenadora do projecto. Mas em contraste com as espécies do Borboletário Tropical de Constância, em Abrantes é possível ver a criação de borboletas autóctones como a Cauda de Andorinha, a Maladinha, ou a Coelius Crocious. A docente do projecto esclareceu que durante os passeios ao campo os alunos observaram e registaram mais espécies autóctones. Para Maria José Oliveira, este tipo de projectos é fundamental para “desenvolver o gosto pelas ciências, desenvolver o espírito crítico e investigativo e ajuda à formação de indivíduos conscientes e intervenientes que respeitem o meio ambiente”.
 
Criação da cor
As borboletas reproduzem-se  por ovos – como qualquer insecto – de onde nascem pequenas lagartas, que mais se transformam em crisálidas, “escondidas” em casulos, alguns dos quais protegidos por fios de seda, produzidos no estado de lagarta. É deste casulo que irrompe a borboleta, o estado adulto deste insecto da ordem das lepidoptera. Por todo este complicado processo e fundamentalmente pelas cores que ostentam as borboletas são seres que suscitam grande curiosidade e paixões. Refira-se a título de curiosidade um “crime” ocorrido em Ohio, nos Estados Unidos, e difundido pelo Daily Mail e CBS News: “Jamie Revis de 36 anos, foi presa o ano passado no Ohio, Estados Unidos, por ter roubado uma espécie rara de borboleta: a morpho borboleta africana. Em Kronh no Conservatório de Cinciatinni, as câmara detecteram uma mulher com aspecto colorido que furtou a borboleta. Em tribunal a mulher alegou que ‘precisava de beleza para se motivar no seu processo criativo’”.
 
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