Elvira Fortunato, cientista portuguesa com raízes em Louriceira, no concelho de Alcanena, é um dos nomes mais referenciados na nomeação ao Prémio Nobel da Física em 2020.
A Academia Real de Ciências da Suécia está a contactar várias entidades científicas por todo o mundo de forma a elaborar a lista de nomeados, que deverá ser apresentada em Julho, e o nome de Elvira Fortunato, pioneira mundial na electrónica de papel, é um dos mais fortes nesta corrida, segundo adianta o jornal Expresso. Esta é uma tecnologia utilizada nos ecrãs de todo o tipo de dispositivos, desde telemóveis aos vidros dos automóveis.
A portuguesa apresentou, em 2006, em conjunto com o norte-americano John Wager e o japonês Hideo Hosono, uma comunicação no primeiro simpósio mundial sobre electrónica transparente, organizado pela Sociedade Europeia de Investigação de Materiais, sendo estes dois nomes também fortes possibilidades ao referenciado prémio.
Elvira Fortunato nasceu em Almada a 22 de Julho de 1964, mas tem raízes familiares em Louriceira, onde passou parte da sua juventude. É atualmente vice-reitora, professora catedrática e investigadora na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. A 8 de Junho de 2010 foi-lhe atribuído o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.
Portugal até hoje foi galardoado duas vezes com o Prémio Nobel: António Egas Moniz, em 1949, venceu o Nobel da Medicina, e José Saramago, natural da Azinhaga, no concelho da Golegã, recebeu o Nobel da Literatura em 1998.