A Covid-19 atacou também as associações de solidariedade de forma agressiva. As associações de apoio a animais não são excepção e os recursos, já parcos, levam agora os responsáveis ao desespero. Os animais não falam mas sentem esta dor. Uma dor invisível num momento de crise.
O relato é transversal de Torres Novas a Abrantes, passando pela Chamusca e Golegã: há extremas dificuldades. Sobretudo porque as despesas aumentaram (ou pelo menos mantêmse) e as receitas ficaram praticamente reduzidas a zero. O que separa as dificuldades extremas do caos total é a generosidade de particulares. (...)
Sem surpresa, foram-se acumulando as dívidas: “Chegou ao ponto de ficarmos bloqueadas no veterinário”, lamenta. “Tivemos de arranjar alternativas mas as dívidas vão aumentando”. (...) Um sufoco para uma associação que, mesmo em dias “normais”, vive com a corda na garganta. (...)
Teresa Gomes revela que se “notou muito mais abandono” durante o período de quarentena. “Não temos muita capacidade para recolher animais e houve aumento de abandono de animais adultos, o que complica muito”. (...)
Neste momento, consederando que as contas nas clínicas veterinárias continuam a crescer, Ana Baena acredita que “a melhor forma de as pessoas ajudarem é financeiramente” até porque “a alimentação podemos conseguir através de outros meios”. Compreende que “as pessoas gostem de ver onde é aplicado o dinheiro, mas neste momento é mais eficaz a ajuda financeira”, apela. (...)
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