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31 JUL 2020
ENTREVISTA - Pedro Machado: "Somos o melhor destino do mundo"
Por Jornal Abarca

Pedro Machado, 53 anos, natural de Coimbra, fala das dificuldades mas também das potencialidades do turismo do centro de Portugal em época de pandemia. Apoia a injecção de dinheiro a fundo perdido mas receia uma segunda vaga que seria catastrófica. 

A pandemia apanhou-nos a todos de surpresa e o sector do turismo acaba por ser um dos mais afectados. Há, neste momento, alguma estimativa sobre a quebra de rendimentos no sector na região?
Em Abril houve mais de 90% de quebra. No acumulado de Janeiro a Maio há menos 92% de dormidas, com uma queda de 99,7% de dormidas de estrangeiros. O impacto económico é enorme. O Centro de Portugal gerou em 2019 mais de 355 milhões de euros directos da actividade turística, este ano já temos uma quebra de quase 60% no acumulado entre Janeiro e Junho, o que quer dizer que mais de 100 milhões de euros já se perderam. Estimávamos que 2020 batesse todos os recordes, Janeiro e Fevereiro deram a Portugal um crescimento de 13% em dormidas e a região centro estava a crescer acima de 20%. Tudo o que viermos a fazer é no sentido de recuperarmos um pouco este prejuízo. (…)

A campanha “Clean and Safe” foi criada para dar segurança aos turistas. É seguro fazer turismo no Centro de Portugal enquanto atravessamos esta pandemia?
Claro que sim! Desde que existam duas premissas: por um lado, quem recebe, tem de cumprir os protocolos e as recomendações da Direcção Geral da Saúde. Temos de aprender a viver com a Covid, as pessoas não se podem isolar porque isto vai durar muitos anos. E quem viaja tem de ter esse cuidado que não pode fazer o que fazia antes. Tudo depende da cidadania. Se todos cumprirem é seguro viajar, claro que sim. (…)

O Centro de Portugal é composto por dezenas de municípios com uma riqueza incrível. Acha que os portugueses têm noção disso?
Fernando Pessoa escreveu sobre isso, o nosso provincianismo. E temos de facto alguns defeitos, não somos só virtudes. Há duas coisas que nos caracterizam: adoramos o que é dos outros, a ideia de que o que é estrangeiro é que é bom; e aquele extasiar de olhar para as grandes obras sem dar valor às pequenas coisas. Acho que precisamos de continuar a fazer muito trabalho de promoção porque as pessoas não têm a noção da riqueza que existe na região, e estamos a fazer esse trabalho. Mas depois são as escolhas das pessoas e penso que hoje existe uma predisposição maior para descobrir o nosso país. Se nós somos considerados pelo terceiro ano consecutivo o melhor destino turístico do mundo, e o ano passado fomos visitados por 27 milhões de estrangeiros, se calhar está na altura de os portugueses perceberem porque é que o somos. Usufruam, descubram, vão à procura deste país. (…)

Poderá ler o resto da entrevista na edição em papel do Jornal Abarca, disponível nos postos de venda habituais.

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