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02 FEV 2021
REPORTAGEM | "Os Percebes do Mar à Mesa"
Por Jornal Abarca

Corpo franzino, ágil e audaz, rosto seco, enrugado e tisnado pelo sol e pelas ondas do mar, apanha o marisco, pendurado em cordas e a saltar ou a correr sobre pedras escorregadias com a segurança de quem já as pisou muitas vezes.

Eu sei que isto é muito arriscado, mas desafios são coisas que me atraem como um íman. O meu pai apanhava percebes, não de modo profissional, e trazia-me algumas vezes quando eu era rapazote. Eu gostava de andar a saltar de rocha em rocha atrás dele e a fugir à rebentação, mas nunca pensei em viver disto e continuei a estudar”, contou-nos Carlos “Falé” (...)

Teresa Cruz, bióloga do Laboratório de Ciências do Mar/MARE-Centro de Ciências do Mar e do Ambiente de Sines, que integra a Universidade de Évora, está envolvida em vários projetos e é uma das principais investigadoras sobre a biologia e outros aspetos relacionados com o crustáceo. “A minha atenção em relação ao estudo dos percebes iniciouse há cerca de 30 anos, após a conclusão da licenciatura e é o resultado de duas realidades. Por um lado, a possibilidade de prosseguir com um doutoramento na sequência do impulso que Mariano Gago, presidente da Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica e depois ministro da Ciência e Tecnologia, veio dar à Ciência e à investigação científica em Portugal. E, por outro, porque ainda se sabia muito pouco na Europa sobre a vida dos percebes”, refere Teresa Cruz, sublinhando que a espécie que ocorre na costa portuguesa “gosta de zonas agitadas e expostas ao mar, com muito hidrodinamismo, e pode ser encontrada, entre outros locais, e além da Costa Vicentina, no Cabo da Roca e nas Berlengas”. (...)

nas diferentes zonas onde se capta o crustáceo cirrípede. “Nas Berlengas, há 40 profissionais licenciados para o captar, e só eles o podem legalmente fazer, pois é uma reserva marinha e ali há interesses de conservação da natureza. Nas falésias e nas rochas do Sudoeste e da Costa Vicentina, os profissionais são 80, mas aí a apanha pode ser alargada aos apanhadores lúdicos, que levam, contudo, quantidades bastante menores para consumo em casa, situação que também acontece no litoral do Centro”, explica Teresa Cruz, observando que “esta situação torna as coisas mais complexas, pois não se tem a noção precisa da quantidade de capturas, e aí os pescadores queixam-se uns dos outros”. (...)

Poderá ler a reportagem completa na edição em papel do Jornal Abarca, disponível nos postos de venda habituais.

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