A Golegã recebe mais uma edição da Feira Nacional do Cavalo, assim como a Feira Internacional do Cavalo Lusitano e a Feira de São Martinho. Finalmente longe do assombro da pandemia, até 13 de Novembro esperam-se mais dez dias de celebração na “Capital do Cavalo”.
Está de regresso, em todo o seu esplendor, a Feira Nacional do Cavalo. Entre 4 e 13 de Novembro a Golegã recebe a 46.ª edição do certame, mas também a 23.ª Feira Internacional do Cavalo Lusitano e mais uma edição da secular Feira de São Martinho. Uma semana em que a Golegã se torna o centro da nossa região, atraindo turistas dos quatro cantos do mundo.
O executivo liderado por António Camilo organiza pela segunda vez o evento, mas este é o primeiro ano em que o pode preparar antecipadamente. Isto porque, em 2021, Camilo tomou posse a 18 de Outubro e as feiras começaram a 5 de Novembro – o curto espaço temporal foi assombrado, ainda, pela incerteza da realização do evento por causa da pandemia da Covid-19.
Por isso, esta “é uma edição muito especial” para António Camilo que está confiante no sucesso da feira: “Aumentámos o número de expositores que se estenderão até junto da Igreja Matriz. Estamos a confirmar uma grande adesão de visitantes através das reservas feitas nas unidades hoteleiras, não só na Golegã, mas na região envolvente” lembrando que “a Golegã tem uma projecção internacional que beneficia toda a região a nível económico nesta altura, durante dez dias seguidos”.
Apesar de o executivo da Golegã pretender dinamizar a aposta no turismo, António Camilo reconhece que o cavalo continua a ser rei. Este ano a autarquia reforçou “a procura de novos patrocinadores, porque era uma questão que não estava muito explorada, e que dignificam a feira e a sua sustentabilidade financeira”.
Associação de Municípios Portugueses do Cavalo
Em Julho deste ano foi assinado, em Ponte de Lima, um memorando de entendimento para a criação da Associação de Municípios Portugueses do Cavalo (AMPC). Assinaram esse documento os municípios de Alter do Chão, Barcelos, Esposende, Fundão, Golegã, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Viana do Alentejo, Viana do Castelo e Vila Pouca de Aguiar. Demonstraram interesse em associar-se os municípios de Alfandega da Fé, Lagoa, Ponta Delgada, Santarém, Serpa e Valongo.
A oficialização da constituição desta associação irá ocorrer durante a Feira Nacional do Cavalo e António Camilo acredita que “a Golegã terá um papel preponderante” nos desígnios da AMPC. O Memorando de Entendimento foi inicialmente assinado, também, pela Federação Equestre Portuguesa, Associação Nacional de Turismo Equestre e a Associação Portuguesa de Criadores do Cavalo Puro Sangue Lusitano.
Um Lugar com História
A Feira Nacional do Cavalo é hoje um dos maiores eventos a nível nacional, atraindo gentes de todo o mundo.
Obtendo o estatuto de vila em 1534, a Golegã vê nascer em 1571 a Feira de São Martinho, instituída pelo Rei D. Sebastião. Existia inicialmente um mercado onde se vendiam produtos da terra, assim como equídeos, que decorria no mês de Outubro, mas cuja data foi alterada por ordem Real de forma a não coincidir com outra feira que acontecia em Penela.
Já no século XX são instituídas a Feira Nacional do Cavalo em 1972 e, no ano de 1999 nasce a Feira Internacional do Cavalo Lusitano, reforçando “a simbiose entre Homem e Cavalo que na Golegã se pode admirar”, como indica o site da FNC.
