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14 ABR 2023
ESTUDO | Despesas de saúde não são prioridade para os portugueses
Por Jornal Abarca

Um estudo divulgado pela Intrum, através dos dados do seu estudo European Consumer Payment Report, no âmbito do Dia Mundial da Saúde, demonstra que os portugueses relegam as despesas relacionadas com saúde porque são “obrigados a priorizar despesas como o pagamento da renda da casa, de hipotecas e de água, luz e gás”. Assim, apenas 5% dos portugueses coloca a saúde no seu top 10 de gastos prioritários.

Por consequência dos desafios impostos pelo contexto vivido atualmente, torna-se necessário priorizar as despesas quando ponderamos onde vamos alocar o nosso dinheiro. Tendo esta questão presente, verificamos que a saúde não surge como a principal prioridade para a generalidade dos consumidores portugueses, onde apenas 5% dos inquiridos afirma priorizar as despesas da saúde no seu dia-a-dia. 

A ocupar o lugar de destaque de prioridades, encontramos as despesas com água, gás e eletricidade (29%), seguidas das obrigações com hipotecas (23%) e rendas de habitação (23%). Por outro lado, como setores menos prioritários surgem as compras online (1%), os custos com cuidados infantis (3%) e as despesas com acesso à Internet (3%).

Os dados revelam que apenas 5% dos portugueses considera o setor da saúde como a principal prioridade nos seus gastos mensais. Mesmo assim, este número é superior ao registado no ano anterior (4,4%) e vai ao encontro da média europeia (também 5% em 2022).

Se estivessem numa situação em que não havia alternativa senão falhar o pagamento de uma conta/fatura, 13% dos inquiridos portugueses revelaram que escolheriam não pagar as faturas relativas a despesas de saúde. Valor em linha com a média europeia (13%). As faturas com maior probabilidade do seu pagamento ficar para trás e que figuram no topo da lista, são as relativas a serviços de internet e compras online – ambas com 40%.

Luís Salvaterra, Diretor-Geral da Intrum Portugal, alerta ainda que “A deterioração contínua do ambiente económico está a afetar os consumidores tanto material quanto mentalmente. O nosso estudo mostra uma deterioração significativa nas finanças do consumidor, com um número cada vez maior de pessoas a lutar por pagar as suas contas, sendo forçadas a tomar decisões sobre quais vão incumprir. Sem dúvida, veremos mudanças marcantes nos gastos e no comportamento do consumidor como resultado destas pressões. A inflação generalizada e o aumento das taxas de juros continuam a ser uma grande preocupação”.

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