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01 SET 2007
QUINTA DO CORO: QUATRO VINHOS, QUATRO MEDALHAS
Por SÓNIA PACHECO

 

A produzir desde 1998, a Quinta do Coro, em Sardoal, detém vinte hectares de vinha, com cinco castas. Produzem, por ano, 40 a 50 mil litros de vinho, comercializados em seis variedades.

 

Com o início de Setembro chega a azáfama à Quinta do Coro, em Sardoal. É tempo de vindimar. Syrah, cabernet, trincadeira, touriga nacional e alicante bouchet compõem 20 hectares de vinha. Dezasseis pessoas apanham e seleccionam a uva que seguirá para a adega. “Desde a vindima até à entrada da adega é um processo manual”,
refere António Anacleto, responsável pela quinta. “Fazer vinho dá gozo, mas é preciso ter gosto para produzir com qualidade”. A Quinta do Coro produz vinho desde 1998, mas em 2002 a adega foi renovada e labora agora com
processos modernos. Quando a uva chega é novamente seleccionada e limpa. Entra no esmagador desengaçador e as massas são bombeadas para os tanques de fermentação. Depois seguem para as cubas. Existem dois
tipos. Uma imita a produção antiga, em lagar de pedra, com um robot que envolve a massa com o mosto. “É o processo que achamos que consegue obter uma melhor qualidade”, afirma António Anacleto. Na outra, pratica-se um processo de rega da manta, ou seja, o mosto do vinho é bombeado e vai regando a manta. De seguida, os vinhos são colocados em cubas inox onde se faz a limpeza das borras à medida que o tempo vai passando. Finalmente, vão para estágio em barricas de madeira de carvalho americano e francês, onde permanecem cerca de oito meses. “A madeira encarece os vinhos, mas dá muita qualidade”, justifica o responsável. Por ano, a Quinta do Coro produz 40 a 50 mil litros de vinho.

A comercialização é feita com dois anos. “Os nossos vinhos necessitam de algum tempo para obter as suas potencialidades”, explica António Anacleto. Deste modo, lança-se este ano a produção de 2005. Os vinhos comercializados são o “Quinta do Coro Reserva”, composto pela totalidade das castas, o “Quinta do Coro syrah-touriga nacional”, composto por 50% de cada uma das castas, e os monocastas trincadeira, syrah e cabernet. Há ainda o “Quinta do Coro Mascata”, um vinho para consumo do dia-a-dia. Os preços variam entre 2,50 euros e 6 euros.

Embora o mercado seja essencialmente nacional, o vinho já foi distinguido lá fora. Este ano, em Bruxelas, as quatro marcas apresentadas foram premiadas. O “Quinta do Coro Reserva” e o “Quinta do Coro syrah-touriga nacional” foram galardoados com medalhas de ouro, os monocastas cabernet e syrah obtiveram medalhas de prata.

Integrada na Sociedade Agro-alimentar da Mascata, a Quinta do Coro faz também parte da Rota dos Vinhos do Ribatejo mas, segundo António Anacleto, “não se tem notado resultados muito significativos”. Na herdade existem ainda 50 hectares de floresta e produzem-se também doces e compotas.

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