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01 NOV 2009
"A FEIRA É SEMPRE UMA NOVIDADE"
Por ABARCA

 

A Feira é sempre uma novidade, porque uma feira que é feita desde há muitas décadas, continua no século XXI”, diz Veiga Maltez, o médico-presidente, reeleito para mais um mandato, o último, como presidente da Câmara Municipal da Golegã.

 

Para o autarca, o elevado número de acontecimentos que ocorrem durante a Feira do Cavalo, vinha a “desvanecer a vertente principal” do certame: “Com o progresso, o desenvolvimento e a panóplia de acontecimentos, ligados ao cavalo - concursos, horseball e tudo o mais - vinha a desvanecer-se a vertente principal da Feira. Por isso, este ano, o cavalo vai ser apresentado no picadeiro central”, afirma Veiga Maltez, justificando que “com a enchente de cavaleiros e cavalos, não havia um espaço para poder mostrar o cavalo. A câmara investiu imenso num pavimento no picadeiro central, continua aberto ao público, é um espaço municipal, mas não pode ser molestado”.

Quantas pessoas visitam a Golegã por altura do São Martinho é um “número muito difícil de calcular por se trata de uma feira franca”. Veiga Maltez está convencido que, este ano, a crise também se fará sentir na Golegã, “mas a paixão pelo cavalo é imensa”. E embora uma semana na Golegã “possa custar tanto como viajar até às Bahamas ou outro sítio qualquer, a vontade de vir é quase obrigatória”.

O fumo dos assadores confunde-se com a neblina. O frio que, nesta altura do ano, normalmente não perdoa – apesar do “verão de São Martinho” – não impede que se circule nas ruas até altas horas da madrugada.

“A Feira é um espectáculo livre. Conseguiu impor-se, passa de geração para geração, é a rainhas das feiras”.

“Dantes”, recorda Veiga Maltez, “os cavalos eram mostrados nos pátios, as novas gerações trouxeram a feira
nocturna e as pessoas vêm à Golegã para descomprimir.

A mesma geração que gosta do cavalo também começou a gostar de fado. Hoje há muito mais fadistas e são francamente bons. Parecia o contrário, mas hoje estas gerações têm uma grande curiosidade e implicam-se no reeditar de alguns hábitos e costumes de outra forma com alguma modernidade. Dão-lhes uma pintura e um acabamento de que elas próprias necessitam, não esvaziando, nem desvirtuando o que existia. E não só os que vêm à noite, mas os que estão durante o dia também pertencem à mesma geração. Esta feira é única”.

Por resolver, continua a localização da feira de “quinquilharias”. Veiga Maltez gostaria que houvesse um espaço próprio para ela, mas não será fácil: “Os feirantes não aceitam essa situação muito bem, querem estar onde passam as pessoas. Conseguimos tirar as barracas da maior parte das ruas, mas vão continuar na rua Luís de Camões e junto às escolas”.

Este ano, Veiga Maltez gostaria muito que a Feira fosse inaugurada pelo ministro da Agricultura, António Serrano. “Nunca convidei o anterior ministro, porque ele não seria bem vindo. A Golegã situa-se na zona mais rica do país, em termos agrícolas, somos um concelho que vive do sector primário e, por pouco, o anterior ministro não acabou com a agricultura”.
À hora de fecho desta edição, não estava confirmada a presença de António Serrano, mas, como habitualmente, a Feira deverá ser inaugurada por um governante.

 

CENTRO DE ALTO RENDIMENTO

 

A Golegã apresentou uma candidatura ao QREN, para a construção de um Centro de Alto Rendimento Hípico. A estrutura está projectada para ocupar oito hectares e deverá localizar-se junto à estrada para a Chamusca.

“Não faz sentido que algumas das provas de cavalos continuem a realizar-se em quintas particulares e, por outro lado, dada a localização da Golegã e sendo esta a Capital do Cavalo, é o local ideal para a construção de um  Centro de Alto Rendimento Hípico”.

Veiga Maltez acrescenta, que o equipamento seria o ponto de passagem para os concursos hípicos europeus. “Estamos a uma hora de Lisboa, a poucos quilómetros da principal linha ferroviária, a dois passos da A-23 para ligação a Espanha e temos uma óptima temperatura”.

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