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02 JUN 2010
PRAIAS FLUVIAIS COM BANDEIRA AZUL
CARVOEIRO NO VERDE DE MAÇÃO
Por MARGARIDA TRINCÃO

 

Numa estrada sinuosa, onde o fruir do verde se sobrepõe obrigatoriamente à velocidade, surge primeiro uma pequena povoação de nome um pouco aterrador: Degolados. Depois de uma ladeira e de nova subida, a aldeia de Carvoeiro, sede da freguesia com o mesmo nome que se dispersa por 19 lugares, num total de pouco mais de sete centenas de eleitores..
Diz a Wikipédia que juntamente com Amêndoa (Mação) e Belver (Gavião) é das povoações mais antigas da região, remontando ao princípio da nacionalidade. D. Sancho I, o Povoador, incentiva a ocupação das terras através da doação das mesmas e depois de ter passado para a jurisdição da Ordem de Malta, D. Afonso V concede-lhe a carta de vizinhança, o que lhe permite trocas comerciais com povoações vizinhas.
Carvoeiro, cujo topónimo tanto pode derivar de jazidas de carvão no sub-solo, como da floresta de sobreiros e azinheiras, teve carta de floral passada por D. Manuel I. Foi concelho até ao início do século XIX, tendo, em 1801, 677 habitantes.
Três séculos mais tarde a população não aumentou muito, mas depois dos fogos de 2003 que dizimaram a floresta, da desertificação, de uma população francamente envelhecida, o Carvoeiro abriu ao turismo, mercê da sua praia galardoada com a Bandeira Azul.
Por enquanto é terra de passagem, mas muitos carros, roulotes e caravanas percorrem as ruas estreitas da aldeia. “É um mar de gente”, comentam os populares, aproveitando o fim da tarde de um domingo quente e soalheiro. Uns satisfeitos com a “invasão” de turistas, outros nem por isso: “eles passar passam, mas não deixam nada na terra”.
A terra também pouca coisa tem para oferecer. Não há restaurantes, nem sítios onde ficar. Quem vai ao Carvoeiro aproveita o bom ar e a limpidez das águas. Apanha sol, come no bar e regressa a casa. Mas não dá por mal empregue o tempo em que desfrutou a pacatez da Praia Fluvial do Carvoeiro.

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