A companhia de teatro Pó da Terra estreia amanhã, em Torres Novas, “Maria Lamas, sempre mais alto”, um trabalho apresentado pela primeira vez em Berlim, em agosto de 2016. A peça que é agora estreada em Portugal, sobe à cena, às 21h30, no auditório da Biblioteca Municipal.
O grupo Pó da Terra foi criado em Sintra pelos atores Ana Estevão e Diogo Gil Morgado, e escolheu Maria Lamas para ilustrar alguns capítulos da História portuguesa, "mas também trazer à baila o nome de uma pessoa que foi muito importante, mas que nem toda a gente conhece".
Maria Lamas nasceu a 6 de Outubro de 1893 em Torres Novas e faleceu em Lisboa, a 6 de dezembro de 1985. Casou pela primeira vez em 1910 com Teófilo José Pignolet Ribeiro da Fonseca, tendo deste casamento, que durou até 1919, duas filhas, Maria Emília (1911) e Maria Manuela (1913). Em 1921 voltou a casar com o jornalista Alfredo da Cunha Lamas, de quem teve uma filha, Maria Cândida. Divorciou-se em 1936.
Simpatizante do PCP, esteve ligada à Oposição Democrática durante o Estado Novo. Entre 1962 e 1969 viveu em Paris como exilada política, habitando o Grand Hotel Saint-Michel, no Quartier Latin, onde conheceu Marguerite Yourcenar, e onde desenvolveu intensa actividade política e de apoio a portugueses refugiados em oposição ao regime fascista. Foi escritora e jornalista, tendo trabalhado em diversos jornais e revistas
Maria da Conceição Vassalo e Silva da Cunha Lamas era a irmã mais velha de Manuel Caetano da Silva o último governador do Estado Português da Índia.