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01 DEZ 2017
Qualidade de vida depois dos Quarenta (1)
Por Jornal Abarca

Recordo os últimos meses e só vejo desgraças. Desisto.de fazer o tradicional “Balanço do Ano”

Pensando bem, o que nos deve preocupar é o Futuro, porque o Passado já não o podemos modificar. Não podemos mandar chover, nem parar a chuva e o vento se forem demasiados, nem travar as placas tectónicas para evitar terramotos... Mas podemos começar a pensar rasteirinho, naquilo que podemos mudar, em nós próprios e na nossa família. Por exemplo, naquilo que mais condiciona a nossa qualidade de vida: a Saúde

Os meus leitores, na sua maioria, já ultrapassaram a ternura dos 40 e entraram no que devia ser a doçura dos 50 ou mais anos. Os jovens, esses não me leem, trocaram os jornais pelos seus aparelhómetros digitais que os vão transformando, subtilmente, em gordos, míopes, surdos e neuróticos sem lhes despertarem o interesse para temas como a alimentação humana através do tempo e dos espaços, a saúde física e mental, a história da Medicina e os problemas que se põem a quem vive no chamado mundo civilizado.

Muitos de nós viveremos mais tempo do que nossos pais e avós, mas arrastando moléstias que nos roubam a alegria de viver. Pior é a previsão de que os nossos descendentes, invertendo uma tendência centenária, irão viver menos tempo e ter ainda menos saúde do que nós próprios se, entretanto, não corrigirmos a situação actual: Erros na alimentação e falta de exercício físico. Se no que respeita ao exercício, já há uma certa reacção, veja-se a “moda” das caminhadas, no que respeita a alimentação a coisa é mais complicada porque há muitos interesses em jogo.

A indústria alimentar, as grandes superfícies, os produtores de leite, criadores de gado e de aves, as indústrias dos adubos, pesticidas e herbicidas, a indústria farmacêutica, todos procuram ter lucro nas suas actividades. É natural e não seria condenável se, no seu marketing, na publicidade que fazem, não minimizassem ou até escondessem os perigos para a saúde pública dos produtos que vendem.

Caberá aos governos, no nosso caso à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica  (ASAE), a autoridade administrativa de Portugal especializada para as áreas de segurança alimentar e da fiscalização económica, controlar a qualidade dos produtos e serviços prestados por aquelas empresas, mas deveria haver da parte do Governo uma preocupação de esclarecimento dos consumidores no que respeita à alimentação que infelizmente não existe...

Diria mesmo que deveria ser na Escola que essa informação deveria começar, mas a sério.

Houve vontade política para criar a Educação Sexual, como se a preocupante baixa da natalidade em Portugal fosse consequência da falta de informação sobre a maneira como se escreve para França a encomendar meninos.

Nenhum governo se preocupou em ensinar os Portugueses a ter uma alimentação racional que evitasse ou diminuisse as epidemias de obesidade, diabetes, Alzheimer, Parkinson, artroses e cancros que nos ameaçam e a muitos atormentam, no final da nossa vida.

(continua)

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