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07 SET 2018
O Major Agricultor
Por Jornal Abarca
João Cruz Dias nasceu no Tramagal e cresceu em Santa Margarida da Coutada. Destacou-se como piloto da Força Aérea Portuguesa, alcançando o posto de Major. Percorreu meio mundo e acabou por voltar às origens onde, desde 2003, produz alimentos biológicos.
 
Em plena guerra colonial, Cruz Dias abandonou a faculdade para ingressar na Força Aérea Portuguesa (FAP). (...) “Vi coisas horríveis, nem vale a pena falar nisso”. Mas sobre a história do míssil é impossível não falar. O sorriso volta e esconde as mágoas que a guerra deixou. A 6 de Junho de 1974, já após o 25 de Abril, o jovem Cruz Dias transportou um grupo de oficiais para o sul da Guiné para uma reunião com oficiais do Partido Africano para a Indepêndencia da Guiné e Cabo Verde (PAIGC). “No final das conversações o alferes Vilela sugeriu fazermos uma rota em linha recta, sobre a montanha, e eu aceitei porque nunca gostei muito de sobrevoar água”, relata. “Uns minutos depois ouço um estrondo e de repente vejo um foguete a passar!”, conta com o entusiasmo de quem relata a experiência de uma vida. “Aquilo passou-me à frente, fez uma razia ao helicóptero, se eles esperassem mais uns segundos tinha morrido”, confessa. (...)
 
Em 1977, assumiu, de forma surpreendente, o cargo de director da RTP Madeira. “Também fiz trabalho de jornalista”, confessando que naquela altura era tudo diferente: “Estive em Lisboa uns dias a ver como as coisas funcionavam” e assim partiu para uma nova aventura. Acabou por ficar cerca de um ano. Apesar de o desafio ter corrido bem, aquele não era o seu lugar. (...)
 
Hortas da Aldeia
Na FAP Cruz Dias atingiu o posto de Major mas, em 2002, sentiu vontade de regressar às origens. “Sempre gostei de agricultura”, confessa. “Com oito anos fiz uma horta com o meu vizinho Manuel Maria e vendíamos as coisas aos nossos familiares”, lembra saudoso. (...)
 
A preocupação pela qualidade dos seus produtos foi desde início uma premissa para Cruz Dias. Contactou várias associações e alguns entendidos no assunto que o aconselharam a produzir agrião. “O agrião é um produto deficitário em Portugal”, explica.
 
Poderá ler o resto da reportagem na edição em papel do Jornal Abarca, disponível nos postos de venda habituais.
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