“Na associação não reivindicamos nada, apenas afirmamos o que o povo diz, e que é importante. Camões esteve ou não esteve… Mas eu digo: Camões está em Constância porque está na relação afetiva, viva como em mais nenhum lugar em Portugal”, afirma Matias Coelho.
É um sítio mágico, plantado no magnífico exotismo do jardim-horto de Camões, mesmo junto à confluência do rio Zêzere com o Tejo. Constância é, sempre foi, um pouco misteriosa, mas muito do que na vila está por confirmar ou explicar mora no seu jardim-horto em honra ao grande poeta português do século XVI. (...)
A presença de Luís de Camões em Constância está longe de ser reconhecida como pacífica, embora nesta altura, com aquilo que a vila já dedicou ao insigne poeta, essa polémica já pareça irrelevante e perdido a oportunidade. Tendo estado Camões na então vila de Punhete, terá sido em 1546 ou 1547, teria o vate cerca de 21 ou 22 anos, e aí cumpriria o seu desterro no Ribatejo por “erros seus e má fortuna”. (...)
A entrada no jardim-horto está enriquecida desde junho último por um painel criado pela arquiteta Dália Lacerda-Machado, e certificado pelo insigne camonista Carlos Ascenso André, que exibe a Rota de Camões pelo Mundo: Constância (talvez), Ceuta, Ilha de Moçambique, Mombaça, Melinde, Goa, Ormuz, Malaca, Molucas, Macau… O jardim dedicado ao grande autor de Os Lusíadas é um desafio que surpreende os sentidos, estimula a inteligência e enriquece a sua memória. (...)
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