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30 NOV 2020
REPORTAGEM: "A Pão e Água"
Por Jornal Abarca

Os sectores da restauração e dos eventos foram dos mais afectados pela pandemia da Covid-19. A quebra de rendimentos levou alguns a emigrar e outros a procurar novas saídas profissionais para fazer face aos encargos. Um cenário negro que teima em persistir.

A vida de Bruno Patrício Estêvão, 27 anos, natural de Alcanena, deu uma volta de 180 graus em menos de cinco meses. (...) Com renda de casa e prestação de carro para pagar começou a recorrer às poupanças para sobreviver: “Chegou a um ponto em que estava a perder as poupanças, até por investimentos que fiz o ano passado”. Não deitou a toalha ao chão, não faz parte do seu carácter: “Arranjei outro emprego como distribuidor da Telepizza, saía de um trabalho e ia para outro. Houve alturas em que trabalhava sete dias por semana”, lembra. Ainda assim, era insuficiente para fazer face aos compromissos que tinha. No início de Outubro, decidiu emigrar: “Vim para a Noruega por questões financeiras, devido à Covid-19”, admite. (...)

César Alves, 37 anos, vive em Pé da Pedreira, Alcanede, e é sóciogerente da empresa Sons Iluminados, que presta serviço de aluguer de equipamentos de audiovisual para eventos. (...) De um momento para o outro ficou sem trabalho. Com dois filhos menores, um com três e outro com ano e meio, não lhe restou outra opção: “Tive de ir trabalhar para outro lado. Neste momento trabalho numa pedreira de extracção de mármores, em Alcanede”, conta resignado. Valeu-lhe uma amizade de infância: “A empresa é de um colega meu de escola, comecei como motorista, agora estou mesmo na extracção”. (...)

Carla Mendes, proprietária do café e restaurante Tascá na Esquina, em Alcanena, reclama com as medidas de limitação de horário: “Estamos a ser altamente penalizados. Estamos com quebras enormes, no fim-desemana [com recolher obrigatório às 13.00h] tivemos quebras superiores a 60%”.

Também Joaquim Ramos, proprietário do restaurante Quatro Talhas, no Sardoal, diz que “a facturação desceu brutalmente nos fins de semana em que temos de fechar às 13.00h” mas alarga o protesto ao “recolhimento obrigatório às 23.00h”. (...)

Por isso, acredita Carla, não faz sentido “que os restaurantes cumpram todas as medidas e acabem por levar por tabela” quando os surtos acontecem “em lares, hospitais ou escolas”. Estas decisões pecam, assim, por excesso: “As medidas que estão em vigor e que temos de cumprir garantem a segurança dos clientes. Mais do que isto é estrangular o sector da restauração”, conclui Carla. (...)

Poderá ler a reportagem completa na edição em papel do Jornal Abarca, disponível nos postos de venda habituais.

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